O Brasil registrou a mais trágica marca de mortes por covid-19 num período de 24h, desde o início da pandemia, em 2020: 2.286 óbitos nesta quarta-feira (10). O registro é do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), na noite desta quarta-feira (10). É um dado que joga por terra qualquer argumento sobre tratamento precoce, imunidade de rebanho e quaisquer receitas mirabolantes da internet. Com isso, o país tem um total de 11.202.305 casos positivos da doença letal do coronavírus SARS-CoV-2. O total de mortos é de 270.656. A taxa de letalidade nacional é de 2,4%.
O Pará chegou a 379.196 casos positivos de covid-19. O número estadual foi atualizado, na noite desta quarta-feira, pela Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa). As informações oficiais são atualizadas pelo site oficial de monitoramento da Sespa. A taxa de ocupação de leitos de UTI adulta no estado é de 77,96%. O estado está sob toque de recolher e totalmente em bandeiramento vermelho (alerta máximo de risco de covid-19).
O total de óbitos registrados neste último boletim epidemiológico foi de 87, sendo 37 casos recentes e 50 subnotificados. O número de mortos chegou agora a 9.171. A taxa de letalidade é de 2,42%, acima da média nacional. Segundo o Vacinômetro da Sespa, 229.122 pessoas receberam a primeira dose de vacina e 74.422 fizeram a segunda dose.
Do total de casos de covid-19, 351.951 se recuperaram, mas isso não deve representar tranquilidade ou minimizar o potencial destrutivo da covid-19. Os recuperados podem ficar com sequelas que podem durar semanas, meses ou até serem irreversíveis. Há 1.490 análises pendentes de casos suspeitos. Por dia, são processadas de 50 a 200 análises.
A Sespa reforça que as prefeituras devem passar os números mais atualizados ao sistema da Secretaria, que é o órgão que vai nortear as decisões sobre a pandemia no Pará e necessita de dados atualizados. Há vários dados que não batem entre boletins municipais e o boletim estadual.
Ainda neste boletim, foram confirmados 2.145 casos, sendo 333 casos nos últimos sete dias e 1.812 em períodos anteriores, mas subnotificados por prefeituras. A média diária de novos casos, durante a semana, continua sendo de, aproximadamente, 150 casos, mas de forma recorrente a média tem sido superior. Desta vez, foi mais que o dobro.
Nos últimos sete dias, foram registrados 82 casos da doença na região Araguaia e 99 na região de Carajás. Em relação às subnotificações, foram 152 casos na Araguaia e 434 na Carajás. Houve cinco morte subnotificadas na região Araguaia. Na região Carajás, foram duas mortes subnotificadas.
Todos os dados por cidade, gênero e idade podem ser conferidos no site oficial de monitoramento da doença, alimentado pela Sespa.
(Victor Furtado, da Redação Fato Regional, com informações da Sespa).