quinta-feira, 28 de março de 2024

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Com apoio do Estado, atleta de MMA disputa UFC feminino na Coreia do Sul

A paraense Amanda Lemos vai em busca do cinturão na categoria peso-palha, até 52 kg
Há seis meses, Amanda Lemos faz a preparação física no Centro de Treinamento da Casa Militar - Foto: Alex Ribeiro (Ag. Pará)

No próximo dia 21 (sábado), a lutadora de MMA Amanda Lemos retornará ao Ultimate Fighting Championship (UFC) para disputar o cinturão com a americana Miranda “Danger” Granger, na categoria Peso-Palha (até 52 kg), na Coreia do Sul. A preparação física ocorre há seis meses no Centro de Treinamento da Casa Militar, com o apoio do Governo do Pará.

A cultura de esportes de luta sempre esteve presente na vida de Amanda Lemos, 32 anos, que cresceu no bairro do Umarizal, em Belém. A atleta treina desde os 15 anos, e há cinco participa de competições de MMA (artes marciais mistas). “Comecei no boxe por brincadeira. Depois parei, e voltei recentemente. O Betinho reacendeu essa luz de novo, a vontade de competir. É o que eu amo fazer. Mas teve desmotivação, problemas pessoais e financeiros”, lembra Amanda, se referindo ao treinador Edilberto Brandão.

Ela foi campeã do Jungle Fight, o maior evento da modalidade na América Latina. A projeção lhe rendeu uma vaga no UFC em 2017, mas uma lesão lombar a manteve afastada por dois anos. O retorno em 2019 vem marcado por expectativa. “Pela primeira vez não estou tão ansiosa, mas quero muito, esperei muito esse dia chegar. Treinei muito para essa luta”, afirma a atleta.

Há seis meses, ela conta com uma equipe multiprofissional para se preparar, sob a orientação do treinador Edilberto, além de Fábio Henry, Bruno Carioca e Mestre Sabá. Os treinos ocupam seis dias na semana no Centro de Treinamento da Casa Militar. “Eu tenho a Amanda como uma irmã, porque vi toda a trajetória dela. A gente formou um time e se uniu”, conta o treinador.

Os treinos ocorrem em seis horas, intercalando descanso e movimento. “Antes, o atleta treinava seis horas ininterruptas. Hoje, ela faz a preparação física de manhã, a parte técnica à tarde, e à noite um treino completo. Tem um sacrifício para perder peso, deixar de comer o que gosta, fica estressada”, complementa Edilberto Brandão, que reforça a importância da compreensão da equipe para apoiar a atleta também nesses momentos.

Mudanças – Inicialmente, Amanda Lemos iria enfrentar a venezuelana Veronica Macedo, em um confronto que marcaria a descida de ambas ao peso-palha. Contudo, o cenário mudou quando a adversária passou mal em outra luta.

A nova oponente da brasileira pode dar trabalho. Miranda Granger está invicta em sete lutas. Mesmo assim, Amanda só tem um objetivo: “O meu foco é na luta em si, não importa a adversária. É o meu retorno depois de dois anos”.


“Estamos muito confiantes. Fizemos tudo o que tinha de ser feito. Daqui para frente é só vitória. Logo quando eu a conheci, eu disse que ia vê-la campeã no Jungle Fight, e eu a vi defendendo três vezes o cinturão. Disse também que ia vê-la no UFC, e ela está. Agora, eu vou dizer aqui para vocês: ela vai ser campeã do mundo, vai colocar aquela cinta e vai ser nossa”, garante o treinador.

 

Fonte: Agência Pará