O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a fazer declarações homofóbicas, nesta terça-feira (10), durante o lançamento de um programa de turismo, no Palácio do Planalto. Disse que “tudo agora é pandemia” e que o Brasil se comporta como “um país de maricas” no enfrentamento da covid-19. Disse ainda que todos iriam morrer um dia, mostrando pouco caso e desdém com os mais de 162 mil brasileiros mortos pela doença causada pelo coronavírus sars-cov-2.
“Tudo agora é pandemia. Tem que acabar com esse negócio, pô. Lamento os mortos, lamento. Todos nós vamos morrer um dia. Não adianta fugir disso, fugir da realidade. Tem que deixar de ser um país de maricas, pô. Olha que prato cheio para a imprensa, hein? Para a urubuzada que está ali atrás… Temos que lutar. Peito aberto, lutar. Que geração é essa nossa? A geração hoje em dia é Toddynho, Nutella, zap. É uma realidade”, declarou, em um discurso confuso e cheio de ataques e teorias conspiratórias.
No Brasil, a homofobia — que se refere, na verdade, ao ódio à toda a população LGBTQIA+ — é crime equiparado ao racismo. É imprescritível e inafiançável. No entanto, são desconhecidas prisões por racismo ou homofobia no Brasil.
Bolsonaro fez críticas a partidos e políticos alinhados à esquerda do Brasil e do mundo. Falou sobre o presidente eleito dos Estado Unidos, Joe Biden. E falou em fraude eleitoral no Brasil. Novamente, sem provas. Em 9 de março, nos Estados Unidos, o presidente disse que tinha provas de fraude nas urnas eletrônicas brasileiras, nas eleições de 2018, nas quais ele foi eleito, por sinal. Até o momento de publicação desta matéria, ele ainda não apresentou as provas.