Com oito dias de ação de retirada de invasores da terra Kayapó, Polícia Federal faz balanço parcial

A Terra Indígena Kayapó fica entre os municípios de Bannach, Cumaru do Norte, Ourilândia do Norte e São Félix do Xingu, no sul do Pará.
Operação de retirada de invasores da terra Kayapó destrói maquinários em área de garimpo ilegal, no sul do Pará. (Foto: Secom PR)

Destruição de acampamentos de garimpos ilegais, combustível e maquinário utilizado para o crime ambiental, além de munições, mercúrio, ouro e celulares apreendidos. Estes são alguns dos resultados de apenas oito dias operação “Desintrusão” deflagrada pelo Governo Federal no último dia 2.

As informações de balanço foram divulgadas pela Polícia Federal na sexta-feira (9) como balanço inicial da operação de retirada de invasores – a desintrusão – na Terra Indígena Kayapó, no centro-sul do Pará. A operação quer combater o garimpo ilegal e retirar ocupações não autorizadas no território do povo indígena Mebêngôkre.

Operação de desintrusão na TI Kayapó recebe apoio logístico do Exército. Ele se dá com a conclusão da montagem e o estabelecimento de uma base operacional pela 23ª Brigada de Infantaria de Selva. (Foto: Ascom do Comando Militar do Norte – Exército)

Segundo o Governo Federal, mais de 18 mil hectares de floresta nativa já foram destruídos pelo garimpo ilegal. Na região, o garimpo ilegal, próximo aos rios Fresco e Branco que banham a terra indígena, deixa, segundo a PF, as águas barrentas e contaminadas com mercúrio, substância altamente tóxica e muito utilizada no processo de separação do ouro de outros metais.

Até o fim da operação, as ações continuarão em duas frentes. A primeira delas é a desocupação com a retirada dos invasores e combate a garimpos ilegais. A segunda é a identificação dos responsáveis pelas atividades ilícitas no interior da TI para a aplicação das medidas legais cabíveis.

A Terra Indígena Kayapó, reconhecida em 1991, abrange uma área com mais de três milhões de hectares, distribuída entre os municípios de São Félix do Xingu, Ourilândia do Norte, Cumaru do Norte e Bannach, no sul do Pará. (Foto: Agência Pará)

Os trabalhos mobilizam mais de 20 órgãos federais, incluindo o Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ministério da Defesa, Polícias Federal e Rodoviária Federal, Força Nacional, Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

A ação recebe também o apoio logístico do Exército, pelo Comando Militar do Norte, por intermédio da 23ª Brigada de Infantaria de Selva.

A área total da TI é de 3.284 mil hectares, com população indígena estimada de 6,3 mil habitantes. A TI fica localizada entre os municípios de Bannach, Cumaru do Norte, Ourilândia do Norte e São Félix do Xingu, no sul do Pará.


(Da Redação do Fato Regional, com informações do G1 Pará)

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