segunda-feira, 25 de novembro de 2024

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Com quase 1,5 mil casos no Pará, período de chuvas intensas aumenta risco de dengue, zika e chikungunya

A covid-19 é o principal problema de saúde pública a preocupar os órgãos de saúde municipais e estadual, mas outros cuidados com outras doenças não podem ser deixados de lado
O mosquito Aedes aegypti, que transmite dengue, zika e chikungunya (Foto: Agência Pará / Divulgação)

Neste ano, o Pará já registrou quase 1,5 mil casos das doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, vetor da dengue, do zika vírus e da febre chikungunya. Como a pandemia de covid-19 já é um imenso e grave problema de saúde pública, é preciso ficar atento no combate ao mosquito. O período de chuvas fortes é um risco para a proliferação do inseto.

A Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa) informa que, até 5 d abril, foram notificados 1.272 casos suspeitos de dengue no Pará. Destes, 465 foram confirmados e 555 casos estão em investigação. Os cinco municípios com maior número de casos confirmados são Belém (154), Novo Progresso (82), Altamira (52), Itaituba (48) e Novo Repartimento (48).

Há também 192 casos notificados de febre chikungunya (CHIKV), sendo 8 confirmados. Os municípios que registraram os casos foram Belém (2), Parauapebas (2), Santarém (2), Canaã dos Carajás (1) e Mocajuba (1). Por fim, há 7 casos suspeitos notificados de zika vírus (ZIKAV), sendo que um caso foi confirmado no município de Santarém.

 

As larvas do mosquito, que depende de água parada para se reproduzir (Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil)

 

Aline Carneiro, coordenadora estadual de Arboviroses da Sespa, observa que não é porque a principal preocupação neste momento é a covid-19 que podemos baixar a guarda para o mosquito vetor da dengue, da chikungunya e do zika.

“Devido à necessidade de manter o distanciamento social, houve redução das visitas domiciliares das equipes de saúde epidemiológica para prevenir e fiscalizar focos de proliferação do mosquito. As equipes continuam indo nas áreas no em torno das residências, mas isso limita a atuação delas”, explicou Aline.

Outra razão para não se descuidar da prevenção ao mosquito Aedes aegypti é que os sintomas iniciais da dengue são semelhantes aos da covid-19, como febre, dor de cabeça e dores no corpo. Por isso, os exames complementares, como hemograma e a prova do laço, podem identificar se o paciente tem dengue. O melhor a se fazer é combater o mosquito, algo que requer medidas simples.

“A população precisa criar uma rotina semanal para garantir a prevenção contra a proliferação do mosquito, adotando medidas importantes como a limpeza e o fechamento dos reservatórios de água e também observar atentamente a coleta do lixo, evitando que os resíduos fiquem expostos por muito tempo em frente às residências. Com esses cuidados é possível interromper o ciclo de desenvolvimento da espécie do Aedes aegypti, garantindo assim a diminuição dos casos destas doenças provocadas pelo mosquito e evitando que um foco seja formado em um lugar específico e atinja as residências nas proximidades”, lembrou Aline.

 

Agentes de endemias de São Félix do Xingu (Foto: Fato Regional)

 

Conheça (ou relembre) os sinais e sintomas das doenças

As manifestações clínicas da dengue, chicungunya e zika são muito parecidas, por isso, é importante prestar atenção: os principais sintomas da dengue são febre alta e de início imediato sempre presente, dores moderadas nas articulações, manchas vermelhas na pele e coceira leve.

A chikungunya se manifesta com febre alta de início imediato, dores intensas nas articulações, manchas vermelhas nas primeiras 48 horas, coceira leve e vermelhidão nos olhos.

Já a zika apresenta febre baixa, dores leves nas articulações, manchas vermelhas nas primeiras 24 horas, coceira de leve à intensa e vermelhidão nos olhos.


Medidas simples e eficazes para combater o mosquito e que devem ser tomadas pela população:

  •  Manter a caixa d’água, tonéis e barris de água bem fechados;
  •  Colocar o lixo em sacos plásticos e manter a lixeira fechada;
  •  Não deixar água acumulada sobre a laje;
  •  Manter garrafas com boca virada para baixo;
  •  Acondicionar pneus em locais cobertos;
  •  Proteger ralos sem tampa com telas finas;
  •  Manter as fossas vedadas;
  •  Encher pratinhos de vasos de plantas com areia até a borda e lavá-los uma vez por semana.
  •  Eliminar tudo que possa servir de criadouro para o mosquito como casca de ovo, tampinha de refrigerante entre outros.

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