O Congresso Nacional se mobilizou na última semana para centralizar o debate sobre as queimadas que atingem os Estados da Amazônia e suas consequências para o meio ambiente, com a reativação da Comissão Mista Permanente de Mudanças Climáticas (CMMV). Eleito presidente da comissão, o senador Zequinha Marinho (PSC-PA) é um defensor do aproveitamento dos recursos da Amazônia. “O que está em questão aqui é o futuro da Amazônia. Acima da tudo isso está o homem amazônida. São 20 milhões de brasileiros que vivem nesse território e que precisam de políticas públicas que induzam o desenvolvimento social e promovam o crescimento econômico dessa região, revertendo o atual quadro de municípios com a menor renda per capita e com os piores IDHs do país. Precisamos propor um debate equilibrado, com mais racionalidade para trazermos pontos de vistas destoantes e que possam agregar ao esforço de um aperfeiçoamento do aparato legal”, defendeu.
O parlamentar defende a regularização fundiária como o principal ponto para enfrentar o desmatamento ilegal na região. “No atual cenário, o desmatamento ilegal se dá porque é difícil identificar e punir os grupos que agem de forma criminosa. Precisamos dar o título de terra para os agricultores familiares que se encontram naquela região. Sendo dono da terra, eles não permitirão que se degrade o território, até porque a terra estará vinculada diretamente ao seu CPF. Se for identificado qualquer ato ilegal, serão eles que sofrerão as punições. Ademais, com o título das terras, estes produtores poderão buscar fontes de financiamento para a realização do manejo florestal, a melhor iniciativa que associa a produção com a preservação ambiental”, destacou o senador.
O senador ainda rebateu as críticas de que teria participado de uma manobra para que a comissão fosse tomada por membros ligados às bancadas ruralista e governista. Zequinha apresentou sua candidatura para a presidência da comissão poucas horas antes de o colegiado ser instalado, surpreendendo os demais parlamentares e quebrando um acordo que havia sido costurado desde o início do ano para que o Cidadania ficasse com a responsabilidade de comandar esse debate.
“Não participei de nenhuma negociação. Apareceram com a proposta para que eu pudesse assumir esta importante missão por ser um senador da Amazônia, que vive e conhece o potencial e as mazelas da região, e que exerce o sétimo mandato consecutivo no Congresso Nacional. Aceitei o desafio e lancei meu nome para a presidência da Comissão. Temos muito a contribuir neste biênio (2019-2020) em que estaremos presidente desse colegiado”, disse.
Fonte: Oliberal.com