sábado, 23 de novembro de 2024

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Comunidade indígena de Ourilândia do Norte pede melhorias no fornecimento de energia elétrica

Segundo a comunidade, há pelo menos 10 anos os problemas só aumentam.
Em reunião com comunidade indígena, na última terça-feira (23), o prefeito de Ourilândia, Dr. Júlio César, tratou sobre a demanda e se comprometeu a ajudar a comunidade. Foto: Fato Regional

A comunidade indígena Turedjam, distante 20 km de Ourilândia do Norte, sudeste do estado, reclama sobre a qualidade no fornecimento de energia elétrica. Segundo eles, o único transformador que existe na aldeia não é suficiente para abastecer cerca de 40 famílias que residem no local.

“A nossa comunidade está crescendo cada vez mais e a energia elétrica que temos aqui não está dando conta de atender todas as casas. Esse problema não é de hoje. Isso existe há mais de 10 anos”, reclama o cacique Kupatõ Kayapó.

aldeia Turedjam kayapó em Ourilândia

Ainda de acordo com os caciques Tututure Kayapó e  Kupatõ Kayapó, nesse período de chuvas intensas a situação fica ainda mais complicada. O transformador sobrecarregado e a fiação precária, causam constantes incêndios no poste e a comunidade fica no escuro. Cansado de esperar, ele faz um apelo. “A carga está muito grande no transformador. Temos muitas famílias aqui. Precisamos de uma solução o mais rápido possível”.

Dr. Júlio destacou a importância de investir em melhorias para o povo indígena de Ourilândia do Norte. Foto: Fato Regional

Reunião com prefeito

Na última terça-feira (23), o prefeito de Ourilândia do Norte, Dr. Júlio César (Avante), esteve reunido com a comunidade indígena. Na ocasião, Dr. Júlio se comprometeu em ajudar a comunidade para solucionar o problema. Foi, também, cogitada uma possível reunião entre prefeitura, comunidade e a empresa responsável pelo fornecimento de energia elétrica no Pará.

Prefeito Dr.Júlio Júlio ouvem comunidade indígenas . Foto: Fato Regional

Resposta

Procurada pela Redação do Fato Regional, a Equatorial Energia Pará informou que não tem conhecimento a respeito dos problemas registrados pelos moradores, a não ser por meio de informações divulgadas na imprensa.


A nota disse, ainda, que “o processo de regularização ou construção de rede em terras indígenas passa primeiro por uma solicitação da Fundação Nacional do Índio (Funai) para que a distribuidora faça o levantamento, elaboração do projeto e o pedido de licenciamento junto ao IBAMA. Após isso, é montado um cronograma para fazer a implantação da nova rede”, finalizou.

(Pablo Costa, da Redação Fato Regional)