Neste dia 10 de maio, a cidade de Ourilândia do Norte, no sul do Pará, completa 35 anos de fundação. Atualmente administrada pela gestão do prefeito Dr. Júlio César Dayrell e vice-prefeito Alessandro Machado, a cidade segue avançando no Estado como uma das que mais cresce a nível de infraestrutura, com obras de pequeno, médio e grande porte.
Fundada em 10 de maio de 1988, a lei estadual nº 5.449 criou o município de Ourilândia do Norte, na mesorregião sul do Pará, que hoje faz parte da região Araguaia. O nome veio exatamente do que sugere: o ouro. A terra de 13.826,010 km², habitada atualmente por mais de 31 mil pessoas, era a promessa de prosperidade com a exploração do minério precioso.
Em 1981, a Construtora Andrade Gutierrez (Consag, atualmente apenas AG) assumiu a execução do “Projeto Tucumã”. O empreendimento seria uma ocupação planejada para colonos que se dirigiram ao sul do Pará em busca das riquezas minerais e trabalho agropecuário. Muitos eram do Paraná e outros estados do centro-sul brasileiro.
Daí a presença desses povos e descendentes na região. Grande parte do Projeto Tucumã deu início a São Félix do Xingu. E também à cidade de Tucumã. Mas nem todas as pessoas conseguiram entrar no plano.
O fluxo migratório de várias partes do Brasil, movido pela economia que o Projeto Tucumã iria representar, foi intenso. Quando se percebeu que nem todos seriam contemplados, outras aventuras levaram garimpeiros à região que descobriram ser uma fonte de ouro.
A corrida ao que hoje representa a cidade de Ourilândia do Norte fez um fenômeno social muito parecido com o mito de “Eldorado”, da colonização das Américas e que se baseia no mito europeu de “El Dorado”, uma cidade perdida e riquíssima, feita de ouro. É o que levou ao nome da cidade de Eldorado do Carajás. Muita gente não sabe, mas a grafia da cidade é “do Carajás” mesmo, no singular. Mas isso é uma outra história.
Ourilândia, a “terra do ouro”, que via o progresso de São Félix do Xingu de longe, então teve o primeiro processo de ocupação iniciado por garimpeiros. Antes do nome de emancipação, adotado em 1983, a terra se chamou de Guarita I e Guarita II, nomes dados pelo extinto Grupos Executivos de Terras do Araguaia/Tocantins (Getat). Como os colonos não sabiam ler algarismos romanos, houve um tempo que chamavam a colônia de “Guaritaí”, como registra o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).