A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) tomou uma decisão inédita nesta terça-feira (6): as tarifas de energia da Equatorial Pará serão reduzidas. Em média, o reajuste para consumidores baixa tensão será de -2,66%. Para alta tensão, será, em média, -7,24%. O efeito médio geral para os consumidores paraenses será de -3,56%. Os novos índices já começam a valer nesta quarta-feira (7) e devem ser percebidos nas faturas de setembro.
No Pará, há cerca de 3 milhões de unidades consumidoras ligadas à Equatorial Pará. Por nota, a Aneel informou que “Os fatores que mais impactaram na redução das tarifas foram os custos com compra de energia, distribuição e componentes financeiros”. Em abril, o presidente Lula havia assinado uma medida provisória que tinha como objetivo baratear a conta de energia em até 4%.
O efeito médio da alta tensão refere-se às classes:
- A1 (>= 230 kV)
- A2 (de 88 a 138 kV)
- A3 (69 kV)
- A4 (de 2,3 a 25 kV)
Para a baixa tensão, a média engloba as classes:
- B1: Residencial e subclasse residencial baixa renda
- B2: Rural e subclasses, como agropecuária, cooperativa de eletrificação rural, indústria rural, serviço público de irrigação rural
- B3: Industrial, comercial, serviços e outras atividades, poder público, serviço público e consumo próprio
- B4: Iluminação pública
No entanto, as boas notícias têm um limite que é temporário. Neste mês, passa a vigorar a bandeira tarifária amarela. Desde abril de 2022, o Brasil estava em bandeira tarifária verde, que indica que os custos de geração de energia estavam dentro da normalidade. O acionamento da bandeira amarela se dá pela redução do volume de chuvas e consequente redução da capacidade das hidrelétricas, associado ao aumento do consumo geral do país. E assim, a cada 100 quilowatts/hora consumidos (kW/h), haverá aumento de R$ 1,88 na conta.
(Victor Furtado, da Redação do Fato Regional)
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