A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito, que investiga os atos antidemocráticos do dia 8 de janeiro deste ano, ouviu nesta terça-feira (20) o primeiro convocado: Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Ele comparecerá na condição de testemunha.
Vasques é apontado como responsável pelo comando de mais de 500 operações de fiscalização no dia do segundo turno das eleições. Pelas informações avaliadas pelos parlamentares, essas operações dificultaram ou mesmo impediram eleitores, em redutores eleitorais de Lula, de chegar aos locais de votação.
As reclamações foram tantas que o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, mandou suspender todas as operações — que formavam um volume de ações simultâneas e pontuais nunca visto na história da PRF. Moraes mesmo afastou suspeitas de uso político das operações. O ex-diretor-geral da PRF ainda pediu votos a Bolsonaro nas redes sociais.
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Requerimentos desta terça-feira na CPI dos atos antidemocráticos
Entre os 21 requerimentos que serão votados, segundo a Agência Senado, estão: a convocação do ex-ministro chefe do GSI, general Marco Edson Gonçalves Dias; do ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Saulo Moura da Cunha; e de Renato Martins Carrijo, perito da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), responsável pela elaboração do laudo sobre o exame do local onde foi encontrado artefato explosivo próximo ao aeroporto de Brasília no dia 24 de dezembro.
Também estão na pauta requerimentos para a requisição ao STF de todos os documentos, processos e inquéritos decorrentes das investigações dos atos ocorridos no dia 8 de janeiro de 2023.
Outro requerimento pede que o Ministério Público Federal compartilhe informações referentes aos processos, inquéritos e investigações que tramitam no STF e nas instâncias inferiores, seja para apurar responsabilidades civis, seja criminais.
(Victor Furtado, da Redação do Fato Regional)