O Pará teve, em 2017, o pior desempenho em infraestrutura da última década, segundo os números da Pesquisa Anual da Indústria da Construção (Paic) 2017 divulgado ontem (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O valor de tudo o que foi feito em grandes obras no Estado, naquele ano, somou R$ 6,33 bilhões. O montante chega a ser 30,6% inferior aos R$ 9,13 bilhões investidos na construção de grandes obras no Estado em 2008, quando iniciou a série histórica do IBGE. Em relação ao investimento de 2016, R$ 7,35 bilhões, a diferença foi de -13,8%.
Em 2014, as obras de infraestrutura realizadas no Pará, segundo a Paic, somaram R$ 14,9 bilhões. Desde então, este valor veio caindo ano a ano até chegar à mínima de 2017, número mais recente do IBGE. Esses valores se referem a quanto as empresas públicas e privadas do setor da construção tiveram em receita pela realização de projetos de infraestrutura no Pará, o que inclui rodovias, ferrovias, hidrelétricas, redes de telecomunicações, saneamento básico e outros.
A recessão nesse período também fez o número de trabalhadores empregados na construção civil do Estado retroceder ao menor patamar dos últimos dez anos. Em 2017, eram 48.425 pessoas empregadas nesse setor. A quantia chega a ser 9,10% inferior ao total de ocupados em 2008 (53.275 pessoas) e ligeiramente acima (3%) da quantidade de 2016 (47.008). Em 2014, chegou a 111.446 pessoas, pico desta década.
Os salários médios pagos a esses trabalhadores também caíram, sendo, inclusive, a primeira variação negativa desde 2008. Em 2017, o salário médio pago na construção foi de R$ 2.605,73, ante R$ 2.858,92 de 2016 (-9%). O número de empresas do setor, que crescia anualmente desde 2008, também caiu em 2017, para 798 firmas, frente às 826 que estavam ativas no ano anterior (-3,4%).
Fonte: OLIBERAL.COM