A viagem em embarcações exige planejamento e requer cuidados para que ocorra com segurança e sem problemas. A dona de casa Iraci Nascimento, de 50 anos, passou 15 dias de férias em Belém. No retorno para Macapá, na manhã desta terça-feira, ela destacou os principais cuidados que toma com a família e com as bagagens, principalmente, quando está acompanhada de crianças.
“Procuro chegar cedo no porto e ver as passagens. Logo que já puder embarcar, vou pra dentro do navio pra escolher o melhor espaço, ver se tem salva-vidas, acomodar as bagagens e armar logo as redes”, ensinou. “Como viajo agora com duas crianças, fico sempre perto delas. Se for pra beber água ou ir ao banheiro, outro repara as crianças e as bagagens. Se dormir, é só um pouco. Na hora de desembarcar, tem alguém da família lá esperando para ajudar”.
A cuidadora de uma criança especial Néia Gomes, de 26 anos, que mora em Cachoeira do Arari, na ilha do Marajó, e trabalha em Belém, visita a terra natal a cada dois meses. “Sempre chego no porto antes da hora da viagem. Tenho todo cuidado possível também com as malas e deixo sempre pertinho de mim, porque carrego documentos, celulares e outros objetos”, listou. “Desta vez estou também com uma criança e os cuidados são maiores, não deixo ninguém reparar para nada, evito até ir ao banheiro, nem ficarmos na beira do barco. Na hora que a gente chega meu pai está esperando e seguimos com cuidado até a porta de casa. Viajar não é só entretenimento, mas uma questão séria”.
O capitão-tenente Cardoso, da Capitania dos Portos, da Marinha do Brasil, orienta que antes das viagens é importante a pessoa comprar passagem de empresa regularizada junto à Agência de Regulação e Controle de Serviços Públicos do Estado (Arcon). Ele destaca que em qualquer situação a pessoa pode ligar para denunciar ou mesmo tirar simples dúvidas para 91 – 99114 9187 (telefone e WhatsApp), que funciona 24 horas.
Durante a viagem, tanto o armador quanto o pessoal do cais devem estar com equipamentos de segurança exigidos, incluindo rampa segura, principalmente para quem tem dificuldade de locomoção e ajuda para o embarque dos passageiros. Todas as embarcações também têm que ter uma placa com os telefones da Capitania dos Portos, a lotação e o número de inscrição, bem como garantir coletes salva-vidas para todos os passageiros.
“Nas embarcações de grande porte não é obrigatório o uso dos coletes, mas ele tem que estar disponível para pronto uso”, explicou. “Já nas pequenas todos têm que estar com salva-vidas. Não pode ficar debruçado nas amuradas, principalmente à noite e quando há maresia”.
Cardoso esclareceu ainda que o comandante da embarcação também pode pedir ajuda policial, caso o passageiro não queira cumprir os procedimentos de segurança, e que embarque e desembarque de passageiros não podem ser feitos em postos de combustíveis, mas em cais. “Caso isso ocorra, a embarcação pode ser apreendida e o posto de gasolina flutuante ser interditado ou apreendido”, afirmou. Na chegada, valem as mesmas orientações do embarque.
A Companhia de Portos e Hidrovias do Pará também orienta os usuários do Terminal Hidroviário de Belém que cheguem uma hora antes do embarque, cuidem das bagagens, atentem para as informações dos fiscais e levem os documentos de identidade. Na viagem com crianças, os usuários devem levar a certidão de nascimento ou autorização judicial e, no caso de dúvidas, pedir informações aos funcionários da companhia, que trabalham devidamente identificados.
Fonte: OLIBERAL.COM