sábado, 7 de dezembro de 2024

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Delegado da PF agride professor e dá voz de prisão por discussão com aluno; Ministério da Justiça investiga

O caso ocorreu em uma escola particular de Guaíra, no Paraná. O professor foi salvo por seguranças da escola e por uma testemunha. Policiais se recusaram a registrar a ocorrência.
O professor Gabriel Rossi mostrou nas redes sociais as marcas que o delegado deixou nele e que chamaram a atenção do ministro da Justiça. (Foto: Gabriel Rossi / Acervo Pessoal)

O professor Gabriel Rossi, do Colégio Franciscano Nossa Senhora do Carmo, em Guaíra (PR), foi ameaçado, agredido e recebeu voz de prisão do delegado de Polícia Federal Mário César Leal Júnior. O motivo é que o professor teria supostamente discutido com o filho do policial, que é aluno da escola e tem 13 anos. O ministro da Justiça, Flávio Dino, determinou que todas as providências fossem tomadas.

O caso ocorreu no dia 30 de junho. O delegado da PF registrou um boletim de ocorrência contra o professor pelo crime de injúria contra o filho dele. No relato do aluno, o professor o teria chamado de “racista, homofóbico, gordofóbico, xenofóbico e nazista”. Na discussão, o professor teria dito que “soltaria fogos de artifício” se o aluno saísse da escola.

Na saída do expediente, o professor foi surpreendido com o delegado com arma em punho e apontando para ele. Gabriel foi enforcado, jogado em um carro e recebeu voz de prisão. Uma testemunha viu e acionou a segurança do colégio, que o ajudou. Desde o dia 30, o professor ainda não conseguiu registrar a ocorrência devido a uma greve dos policiais.

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Professor diz que conversou com o aluno e não discutiu, mas reconhece frase dos fogos de artifício

Informações do Blog da Andréia Sadi apontam que o delegado disse que não vai se manifestar até o fim do inquérito. Já o professor reconheceu a frase dos fogos de artifício, mas que teria sido levada de forma leve pelo aluno, que retrucou o comentário do professor com uma piada sobre a calvície dele.

O professor ainda relatou ao blog que após a aula, ele e o aluno tiveram uma conversa de orientação sobre comentários e piadas preconceituosas que o aluno fazia com outros estudantes e com professores. Negou que tenha ocorrido uma discussão e que a conversa terminou de forma totalmente normal. Até ser surpreendido no final do dia com a abordagem do pai do aluno.


(Da Redação do Fato Regional)

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