O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse nesta 4ª feira (11.ago.2021) que o placar de votação da PEC (proposta de emenda à Constituição) 135 de 2019, que determina a impressão dos votos das urnas eletrônicas, na Câmara dos Deputados ficou dividido e que isso sinaliza “uma eleição onde não vai se confiar no resultado das apurações“. Falou a apoiadores no Palácio da Alvorada. “Quero agradecer à metade do parlamento que votou favorável ao voto impresso. Parte da outra metade que votou contra que, entendo, votou chantageada, uma outra parte que se absteve. Dessa parte, alguns não votaram com medo de retaliação”, disse.
“Foi de 10, 11, 12 a diferença, pouca coisa. Mas a demonstração é que esse pessoal votou de forma consciente e deu um grande recado ao Brasil. Eles não acreditam na lisura das eleições.” A Câmara dos Deputados rejeitou na noite de 3ª feira a PEC do voto impresso. Trata-se de uma derrota para o presidente da República. Ele chegou a dizer que a realização de eleições em 2022 estava condicionada à volta das cédulas de papel. Também entrou em atrito com autoridades como o presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Luis Roberto Barroso, defensor das urnas eletrônicas. Chegou a chamá-lo de “filho da puta“. Bolsonaristas atribuem ao ministro pressão para que deputados rejeitassem a proposta. Foram 218 votos contra, 229 a favor e uma abstenção – Aécio Neves (PSDB). PECs, como a do voto impressão, só são aprovadas se tiverem o apoio de ao menos 308 deputados em 2 turnos. Quando o número não é atingido na 1ª rodada, não é necessária nova votação. Saiba aqui como votou cada deputado e como se comportou cada partido na disputa.
Fonte: Poder 360