sexta-feira, 22 de novembro de 2024

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Deputado do Paraná fala em perder mandato para não ser obrigado a vacinar filhos contra Covid

O deputado Diego Garcia (Podemos-PR) disse estar disposto a perder o seu mandato para não vacinar seus filhos contra a covid-19. Ele também chamou a vacinação de “experimento” e disse que precisaria ser morto para que seus filhos fossem imunizados.

“Só passando por cima do meu cadáver, vai vacinar os meus filhos. Vão ter que me matar, tirar a minha a vida. Eu estou disposto a perder o meu mandato, mas ninguém vai impor a vacinação desse experimento junto dos meus filhos”, afirmou. “Eu vou lutar pelo maior número de crianças que eu puder. Vou me colocar na linha de frente em defesa das nossas crianças.”

Live

As falas foram feitas durante live transmitida em 28 de dezembro em um canal do YouTube. O evento discutiu aspectos jurídicos, políticos e científicos do passaporte vacinal e da vacinação de crianças. Contou com a presença do deputado General Girão (PSL-RN), da médica oncologista Nise Yamaguchi, pré-candidata ao Senado, e de advogados.

“Matadouro”

Durante sua participação, Garcia comparou o processo de imunização de crianças contra a covid a um matadouro de bois. “O que estou vendo que vai acontecer é que vão colocar as nossas crianças como gado destinado ao matadouro”, afirmou. “Vão colocar as nossas crianças todas enfileiradas, e não vão dar aos pais sequer orientação de como eles poderão notificar possíveis reações e eventos adversos que vem acontecer com as nossas crianças”.

Ele também criticou a consulta pública do governo sobre a vacinação de crianças contra a covid-19, por considerar as perguntas “tendenciosas” e “mal elaboradas”. Declarou que “pouquíssimas pessoas conseguem concluir as respostas, que são muito tendenciosas, porque elas já induzem uma afirmação, que não é verdade, que quem está participando da consulta pública concorda com a vacinação das crianças. São perguntas que foram muito mal elaboradas”.

Neste domingo (2.jan.2022) a consulta chegou a 20.000 participações. É o último dia para colaborar. O formulário on-line foi aberto em 23 de dezembro para que a sociedade possa se manifestar sobre a vacinação de crianças. O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que anunciará em 5 de janeiro se o grupo será imunizado. Na 3ª feira (4.jan.2022) haverá uma audiência pública sobre o tema.

Garcia disse estar preocupado com o fato de a vacinação de crianças começar antes do retorno das atividades do Congresso. Ele é autor de um PDL (projeto de decreto legislativo) que suspende a resolução da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) que aprovou o uso da vacina da Pfizer em crianças de 5 a 11 anos contra a covid. A proposta foi encampada pelos deputados Bia Kicis (PSL-DF), Chris Tonietto (PSL-RJ), General Girão (PSL-RN), Junio Amaral (PSL-MG) e Dr. Luiz Ovando (PSL-MS).

“Experimental”

O deputado General Girão disse durante a live que as pessoas que se vacinaram contra a covid foram “cobaias”, ao afirmar que os imunizantes estão em “período experimental”. Ele ainda declarou que tomou duas doses da vacina, e que não tomará a 3ª.

“Eu fui cobaia duas vezes, não vou tomar a 3ª dose, não vou tomar a dose de reforço. E peguei a covid duas vezes. A 2ª vez foi exatamente no intervalo da 1ª com a 2ª dose. Fiz a AstraZeneca tive complicações de trombose, que é uma consequência natural da covid, da vacina que você recebe ali. Um dos efeitos adversos, das reações adversas é exatamente a trombose”.

O congressista afirmou que não quer que suas netas sejam vacinadas. “Eu fui cobaia, agora não quero que as minhas netas sejam. Eu tenho 5 netos, a minha nora que teve um bebê há 16 dias ela não foi vacinada porque foi uma determinação da família praticamente. Porque a gente não sabe o que vai acontecer”.

O que a agência brasileira e americana dizem?

A Anvisa cita agências internacionais de saúde, como a norte-americana FDA (Food and Drug Administration), que afirmam que o imunizante é seguro e eficaz para crianças. A vacina infantil tem uma dosagem diferente da versão para maiores de 12 anos. A embalagem também difere para não causar confusões na hora da administração. O frasco, no caso da Pfizer, é laranja, não azul como o para adolescentes e adultos.


A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou em dezembro o uso da vacina da Pfizer em crianças de 5 a 11 anos contra a covid. A agência passou uma série de recomendações para a vacinação infantil, tanto para evitar trocas com a dose adulta, quanto para evitar efeitos colaterais no público.

Com informações via Poder360