sexta-feira, 22 de novembro de 2024

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Desmatamento na Amazônia aumenta 63%. Pará lidera

Altamira e São Félix do Xingu, no Pará, aparecerem pelo segundo mês consecutivo no topo dos municípios que mais desmataram.
Crédito: Reprodução Imazon

Uma pesquisa do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), divulgado pelo Imazon, detectou 886 km² de desmatamento em toda a Amazônia Legal. No último mês, o estado com mais alertas de desmatamento foi o Pará (48%), seguido por Amazonas (15%), Rondônia (13%), Mato Grosso (12%), Acre (11%) e Roraima (1%).

Esse número representa um aumento de 63% em relação a agosto de 2018, quando o desmatamento somou 545 km².

Altamira e São Félix do Xingu aparecerem pelo segundo mês consecutivo no topo dos municípios que mais desmataram. Em agosto, o SAD detectou, em cada um dos municípios, 92 km² e 60 km² de florestas desmatadas, respectivamente. Ainda em agosto, a maioria (48%) do desmatamento na Amazônia ocorreu em áreas públicas não destinadas, em áreas privadas ou em diversos estágios de posse. O restante foi registrado em assentamentos (23%), Unidades de Conservação (20%) e terras indígenas (9%).

As Unidades de Conservação com mais alertas de desmatamento foram a APA Triunfo do Xingu (PA) e Florex Rio Preto-Jacundá (RO), com 38 km² e 32 km² de devastação, respectivamente. Das 10 terras indígenas com maior número de áreas desmatadas em agosto deste ano, 7 ficam no Pará. A TI Cachoeira Seca do Iriri, no noroeste do estado, aparece no topo da lista, com 19 km² desmatados.

Degradação

A degradação na Amazônia também registrou um aumento expressivo. As áreas com degradação, representadas por queimadas e extração seletiva de madeira, somaram 922 km² em agosto de 2019. Um aumento de 675% em comparação com agosto do ano passado, quando o SAD totalizou 19 km². O estado com o maior número de áreas degradadas foi o Mato Grosso (45%), em seguida Pará (42%), Rondônia (8%), Amazonas (4%) e Acre (1%).


Caracteriza-se desmatamento como o processo de destruição total e permanente de uma área verde. Na maioria das vezes, essa floresta é convertida em áreas de pasto. Já a degradação é caracterizada pelo corte raso e seletivo das árvores, normalmente para fins de comercialização da madeira. Outros exemplos de degradação são os incêndios florestais, muitas vezes usados para abertura de clareiras.

 

Fonte: Roma News