O deputado federal Eder Mauro está sendo apontado como autor de homofobia e agressão física e verbal, após tentativa de interferir em uma votação para definir o líder comunitário do Centro Comunitário Gleba III, no bairro da Marambaia, em Belém. O fato ocorreu na tarde do último domingo (26).
A situação foi filmada por moradores que estavam no local e as câmeras registraram o momento em que ele agride verbalmente a transexual Bruna Lorrane. Ela participava da organização do pleito, após moradores do bairro pedirem a presença dela para apoio jurídico.
Nas imagens é possível ver várias pessoas reclamando de Eder Mauro, e aos gritos o deputado fala “Ali tem um homem. Não é mulher, é homem”.
VEJA:
Em entrevista, Bruna Lorrane confirmou que havia sido chamada por populares para dar suporte jurídico e garantir que a votação acontecesse. No entanto, o deputado federal Eder Mauro tentou por várias vezes impedir a votação.
“Na primeira tentativa resolveu fechar as portas do centro comunitário. Porém conseguiram reabrir. Depois mandaram as pessoas voltarem para suas casas dizendo que a votação tinha sido revogada. Em outro momento tentaram dar voz de prisão a algumas pessoas na tentativa de intimidar a população. Foi quando houve um tumulto e uma confusão generalizada se iniciou”, relatou a advogada.
A PM interveio na confusão e a votação seguiu. A chapa contrária a de Eder Mauro foi eleita. Ainda segundo Lorrane, não satisfeito, o deputado pediu a recontagem dos votos. Somente na terceira recontagem, ele se convenceu e deixou o centro e desfez a estrutura que tinha montado no bairro.
Sobre as agressões verbais, Bruna Lorrane disse também que vai registrar um Boletim de Ocorrência pois foi ameaçada durante a confusão de ontem e ainda está recebendo ameaças, e que está esperando um encaminhamento do Ministério Público Federal para realizar um exame de corpo de delito. Ela afirmou também que o Movimento LBGT do Pará está organizando um protesto contra a ação do deputado, mas ainda não tem data prevista.
OUTRO LADO
Em nota a assessoria de Eder Mauro, repondeu que “A verdade é que fomos apurar as denúncias de fraudes cometidas pelo grupo do prefeito na eleição para a Associação dos Moradores do Gleba 3 (AMOG), Conjunto onde moro com a minha família, e essa pessoa que me acusa, se postou próximo a mim já com intuito de provocar e depois se vitimizar, conforme deve ter apreendido na juventude do PT, onde iniciou sua militância política. Mas comigo não cola, já estou acostumado a lhe dar com esse tipo, inclusive, no congresso. O resto é mimimi! Força e Honra” (Sic).
Fonte: DOL