quinta-feira, 25 de abril de 2024

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Eletrobras anuncia investimentos de mais de R$ 8 bi em modernização de usinas hidrelétricas

Crédito: Divulgação/AES Tietê

O envelhecimento de uma hidrelétrica, com desgaste das turbinas e de equipamentos instalados, afeta diretamente a sua eficiência e ao longo da sua operação, as unidades podem ficar mais tempo indisponíveis devido a manutenções, afetando o volume de geração. De acordo com dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o índice de disponibilidade das hidrelétricas entre 59 MW e 699 MW diminuiu, e um dos motivos pode ser o ‘envelhecimento’ dos equipamentos.

Além dos serviços de manutenção que podem envolver o aumento de capacidade instalada, que pode ser resolvido com projetos de modernização que melhoram a operação da usina. O presidente da divisão Hydro da GE Renewable Energy da América Latina, Cláudio Trejger explica que “Apesar de não aumentar a potência, a modernização eleva a eficiência e faz a usina gerar mais tempo, o que é bom para o sistema”. Segundo ele, a tecnologia atual também pode melhorar o desempenho das usinas, com soluções que monitoram e permitem a operação remota.

Um dos exemplos é a Eletrobras, que tem um programa de R$ 8,3 bilhões, entre os anos de 2021 e 2025, que inclui a compra de equipamentos mais atuais e a modernização e digitalização das usinas. Os projetos incluem grandes unidades do grupo, como Paulo Afonso IV, Sobradinho, Xingó, Marimbondo, Itumbiara e Tucuruí. Em nota, a estatal afirmou que o objetivo é minimizar os riscos de interrupções na operação das hidrelétricas.

Outra que aposta na modernização é a AES Tietê. Das 9 unidades da empresa, apenas três ainda não concluíram o processo. O diretor de Operações da AES Brasil, Anderson Oliveira, conta que “Ao longo do tempo, a turbina vai produzindo menos e perdendo eficiência. Com as melhorias, a usina passa a ter menos falhas e acaba gerando mais”, diz. Segundo ele, as novas tecnologias reduzem custos e aumentam a disponibilidade da usina. “As novas turbinas têm sensores que monitoram vazamentos, vibração e tensão.” comenta.

Mudanças


O Ministério de Minas e Energia afirmou em nota, que de acordo com o Plano Decenal de Energia, a expectativa é que a expansão hidrelétrica alcance 4,3 mil MW até 2030 com a modernização das usinas existentes. O Ministério também conta que “Para isso ocorrer, é preciso evoluir a atual forma de remuneração de atributos das hidrelétricas, como a capacidade”, diz, destacando que é preciso aprimoramentos metodológicos e de desenho do mercado de acordo com os trabalhos do Comitê de Implementação da Modernização. O MME também destaca que “A reavaliação do potencial dessas usinas pode ser uma oportunidade para a indústria de hidreletricidade do país”, diz o ministério.

 

Com informações da CNN Brasil