Em Brasília, o prefeito de São Félix do Xingu, João Cleber (MDB), e o deputado estadual Torrinho Torres (Podemos) seguem na mobilização de esforços e busca de soluções para a angústia de cerca de 2 mil famílias que vivem na extensão Apyterewa. A operação de desintrusão da área chega nesta quarta-feira (3) ao terceiro dia, com retratos de um drama social de produtores rurais e comerciantes, idosos e crianças — pessoas que seguem sem perspectiva do que fazer se perderem o local onde vivem.
Na busca por apoio, João Cleber e Torrinho foram ao Congresso Nacional para sensibilizar deputados e senadores sobre a tensão que paira na Apyterewa. Há esforços na busca por agendas com pastas do Governo Federal para tratar do assunto. Entre as muitas propostas estão mais prazo para o processo ser concluído, recadastramento e ações sociais, indenizações e apoios de realocação. Há ainda uma proposta de Torrinho para revisão do tamanho do território que será destinado ao povo indígena Parakanã.
João Cleber e Torrinho estão acompanhados do procurador-geral do município de São Félix do Xingu, Walter Wendell Carneiro da Costa, e do deputado estadual Ivanildo Braz (PDT). Num recado divulgado na tarde desta quarta-feira (4), o prefeito disse que a comissão segue sem medir esforços na busca por uma solução que evite, de forma legal, o sofrimento de pessoas e animais que só recebem ordens de saída imediata e sem escuta.
“Estamos pedindo apoio para que as coisas se normalizem em nossa região. Estamos vivendo um momento muito difícil e de tensão. Mas espero poder contar com a sensibilidade e bom senso dos deputados, senadores, do Governo Federal e seus ministérios e do Poder Judiciário — de todos os envolvidos nesse processo — de que poderemos sair daqui de Brasília com resultados positivos”, declarou o prefeito João Cleber.
Pelos estudos da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e Ministério dos Povos Indígenas, a extensão Apyterewa tem 774 mil hectares que deverão ser preservados e de uso exclusivo do povo Parakanã, que atualmente tem menos de 1 mil pessoas na área. Na proposta de Torrinho, 260 mil hectares poderiam ser reservados para as famílias que atualmente vivem na região. Todo o restante seria dos povos indígenas. Assim, os direitos de todos seriam preservados e sem conflitos ou retirada de não indígenas.
(Da Redação do Fato Regional)
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