O PL pretende explorar, em inserções televisivas programadas para o primeiro semestre, a distribuição de vacinas contra o coronavírus e a criação do Auxílio Brasil. A ideia é que as propagandas partidárias, marcadas para o início de junho, sejam uma espécie de prévia do material televisivo preparado para a campanha à reeleição do presidente Bolsonaro.
A sigla quer utilizar as inserções partidárias para rebater três áreas que podem ser usadas por adversários para atacar a atual gestão. A primeira delas é o combate ao coronavírus, que vitimou mais de 600 mil brasileiros.
Para isso, o partido do presidente Jair Bolsonaro pretende mostrar números de vacinação e ressaltar que o país já produz um imunizante nacional. A segunda é o aumento da inflação e a diminuição do poder de compra do brasileiro. A ideia é mostrar que, diante do quadro de elevação dos preços, foi criado o Auxílio Brasil para 17 milhões de famílias carentes. E a terceira é a alta rejeição do eleitorado feminino. A proposta discutida é mostrar políticas de combate à violência doméstica e de geração de renda para mulheres.
A avaliação da equipe de campanha do presidente é de que o fato de ele ter deixado de criticar as vacinas ajudou no sensível crescimento de sua intenção de voto nas pesquisas eleitorais. O levantamento do Ipesp, por exemplo, divulgado na semana passada, mostrou que Bolsonaro chegou a 28% de intenções de voto diante de um percentual de 24% atingido no final do ano passado.
O discurso explorado pelo presidente de críticas à Petrobras sobre a elevação do preço da gasolina, por exemplo, também é citado pela equipe de Bolsonaro como um fator que pode ter ajudado na melhora de seu desempenho. Além disso, o presidente passou a fazer mais aparições públicas ao lado da primeira-dama, Michelle Bolsonaro. A estratégia vinha sendo defendida por auxiliares do governo na tentativa de suavizar a sua imagem pública.
Segundo pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quarta-feira (16), a avaliação negativa do eleitorado feminino à atual gestão é de 53%, enquanto entre os homens é de 43%.A Justiça Eleitoral definiu em fevereiro as regras das inserções partidárias. Elas devem ter meio minuto e não podem promover “pretensa candidatura”. A punição é multa relativa ao custo da propaganda.
Fonte: CNN Brasil