Formada por profissionais de medicina, enfermagem, fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional, nutrição e acompanhada pela Coordenação de Saúde Indígena e Populações Tradicionais (Cesipt) da Secretaria de Estado de Saúde do Pará (Sespa), a equipe do projeto realiza até o dia 19 ações de saúde na Terra Kaiapó. Na aldeia Mojdjã, foram realizados 218 atendimentos entre consultas multiprofissionais, exames de sangue e laboratoriais e testes rápidos para detecção de Covid-19, sífilis, hepatites B e C, malária e HIV. Além dessa aldeia, a expedição realiza ações de saúde nas aldeias Pukatum, nesta quinta-feira (16), Kenopure, nesta sexta-feira (17), e Kranhkro, no sábado (18). A equipe também vai realizar uma ação nos postos de vigilância do território Kayapó, no domingo (19).
A família do indígena Bepkoti Kayapó foi uma das atendidas na ação. Para ele, além da gratidão, a chegada da equipe reforça um trabalho de conscientização sobre saúde que vem sendo feito ao longo dos últimos anos na região. “Receber uma equipe como essa é muito importante para nós. É um apoio que precisamos para conscientizar nossos parentes em outras aldeias e distritos sobre os cuidados com a nossa saúde”, frisou Bepkoti, que também é agente de saúde pelo DSEI.
Coordenadora de Saúde Indígena e Populações Tradicionais na Sespa, Eliene Putira reforça os objetivos da equipe e os resultados que poderão ser alcançados a partir dos atendimentos. “É importante que a gente leve para essas comunidades uma saúde de qualidade, interagindo com a interculturalidade desses povos. Nesse contexto, o governo do estado vem trabalhando para, além da saúde, fortalecer também políticas de educação e territorialidade pelo bem viver dos povos indígena”, enfatizou a coordenadora.
Segundo ela, as ações nos territórios indígenas contam com a participação da equipe multiprofissional da Sespa, do Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação (CIIR) e de pesquisadores da Universidade Federal do Pará (UFPA). Além do DSEI Kayapó, essa edição da Expedição Saúde por todo o Pará passará ainda por outros três distritos: DSEI Altamira (13 e 23 de outubro), contemplando a etnia Xikrin do Bacajá; DSEI Guamá Tocantins (8 a 13 de novembro), acolhendo a etnia Parakanã; e DSEI Tapajós (17 a 25 de novembro), voltada para a etnia Munduruku.
De acordo com a coordenação do programa, assim como na primeira etapa da expedição realizada no Marajó, um dos objetivos do governo do estado com essa iniciativa é traçar um diagnóstico mais preciso sobre o cenário de saúde em cada território indígena, permitindo a ampliação de estratégias já desenvolvidas para a garantia de atendimentos de alta e média complexidade.
Fonte: Ascom/Sespa