Na tarde da última quinta-feira, 26, foi realizada uma reunião entre a Associação Empresarial de Ourilândia do Norte (AEON), sudeste paraense, com o MP, Judiciário e Prefeitura, para solicitar a reabertura do comércio municipal, fechado como forma de combate e prevenção ao Coronavírus.
Participaram da reunião o presidente da AEON, Mauri Vandir, o promotor de Justiça Dr. Odélio, o juiz Dr. Juliano e o prefeito de Ourilândia, Dr. Romildo Veloso. Na ocasião, o promotor falou sobre a sua preocupação quanto a saúde das pessoas e deixou a cargo do prefeito fazer as alterações no referido decreto.
O juiz Juliano também destacou sua preocupação com os empresários e principalmente com as pessoas carentes, os ambulantes e outros. Como médico, o prefeito Veloso falou sobre a sua preocupação maior quanto a saúde da população, e com a situação econômica naturalmente também.
Para alguns empresários o reflexo da crise foi sentida abruptamente. “Estamos aqui dispostos a seguir as recomendações técnicas de higienização, o que for, mas precisamos que as autoridades entendam que estamos sendo prejudicados diante da paralisação do comércio. Não temos casos confirmados em Ourilândia, graças a Deus, mas, se houver, aí sim, fecharemos o comércio para que a doença não se espalhe. Só que nós paralisamos muito cedo nossas atividades e o prejuízo está sendo de 80%”, destaca Enilton da Autopeças Destak.
Durante a reunião ficou acordado que o prefeito irá observar os fatos no decorrer desses dias e, na segunda-feira, 30, deverá publicar um novo decreto, flexibilizando o comércio de Ourilândia. “Ficou bem claro, que todos devemos ter a responsabilidade de evitar aglomerações sob pena de descumprimento de ordem passível de multa, cassação de alvará e até prisão dependendo do caso. Tivemos uma boa reunião, está havendo a compreensão das partes e isso é muito importante. Tivemos um único caso suspeito de Coronavírus e, com alegria comemoramos o resultado negativo. Um alívio, mas, sabemos que é necessário continuar com todos os cuidados de higienização”, comenta Mauri.
Com o novo decreto, o corpo empresarial de Ourilândia espera levantar um bom capital para caso haja a necessidade de paralisação novamente. “Tivemos um impacto econômico grande. Tivemos que dar férias coletivas pra 15 funcionários e se continuar assim, fechado, terei que começar a fazer corte de pessoal. Esperamos que o prefeito repense e decida fazer um decreto que olhe também para o empresário e trabalhador. Mesmo que mais adiante tenhamos que trabalhar com quadro reduzido, em horários reduzidos, mas, precisamos trabalhar, precisamos vender. Sabemos que o momento é sério, mas, nossos funcionários precisam receber e sem dinheiro entrando, como vamos pagá-los? Vamos tomar as medidas de higiene recomendada, vamos evitar ao máximo aglomerações, vamos nos adaptando ao que for preciso, mas precisamos trabalhar” ressalta Cleiton da Lojas Economia.
“Todos nós somos responsáveis por tudo o que acontece, e vamos sempre procurar fazer o melhor. Sou profundamente grato ao Juiz, o Promotor, o Prefeito, o Jurídico da prefeitura ao Vicente nosso vice presidente, ao Enilto, ao João, empresários que acompanharam a reunião”, finaliza o presidente da AEON.
Da Redação Fato Regional, com informações do Jornal O Níquel
