sexta-feira, 22 de novembro de 2024

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Empréstimo consignado é solução rápida para imprevistos da crise financeira

Em 2020, servidores que não tinham recorrido a essa modalidade de recursos o fizeram pela primeira vez e a tendência é de incremento.

O empréstimo consignado foi uma das modalidades encontradas pelas famílias brasileiras para superarem os efeitos negativos da crise econômica desencadeada com a chegada da pandemia de Covid-19, no ano passado. Junto ao financiamento para pessoa física, o consignado registrou crescimento de 1,9%, entre o período de novembro de 2019 ao de 2020, segundo dados do Banco Central do Brasil, enquanto que o volume de crédito para empresas e famílias cresceu 15,9%, o que representa R$ 6,6 trilhões, aproximadamente.

Em outra análise, levando em consideração as operações de crédito do Sistema Financeiro Nacional (SFN), o crescimento para as pessoas físicas englobando o consignado, cartão de crédito à vista e financiamento de veículos alcançou o patamar de 10,7% nos mesmos 12 meses. A preferência pelo consignado se deveu a fatores como facilidade, rapidez e comodidade de poder amortizar o saldo devedor em parcelas descontadas na própria folha de pagamento do solicitante.

Saldo positivo

O diretor executivo da Neoconsig, empresa de tecnologia especializada em plataforma que traz facilidades em consignação, Fernando Kasprik, observa que o número de consignados registrou saldo positivo, mas que a previsão inicial era de uma demanda ainda maior.

Fernando Kasprik destaca que houve acréscimo de tomadores não habituais de empréstimo consignado

 

“Há de se ressaltar que tivemos um crescimento do desemprego, o que forçou os trabalhadores à informalidade. E isso os retira do rol de tomadores de crédito nesse mercado”, explica ele.

Por outro lado, segundo Fernando Kasprik, foi registrado nos convênios para empréstimo consignado que a Neoconsig administra um acréscimo de tomadores não habituais. “Servidores que ainda não haviam recorrido ao consignado o fizeram pela primeira vez.”

Um exemplo é o servidor público do governo de Goiás, Sebastião Pereira, que em setembro de 2020, com a ausência de trabalhos extras que costumava fazer, solicitou um empréstimo consignado, no valor de R$ 5 mil, com a finalidade de cobrir uma despesa que não estava em sua previsão orçamentária e exigia quitação imediata.

“Com a pandemia, tudo ficou mais difícil, o desemprego aumentou, o custo de vida elevou, eu já estava em crise e surgiu esse imprevisto. O consignado foi a solução que encontrei, a mais favorável”, explica ele.

Expectativa

Fernando Kasprik revela que a expectativa do setor de consignados para este ano, considerando que a pandemia não tem ainda uma data para acabar, é de crescimento. “Assim como inúmeros mercados. Depois da chegada das vacinas, teremos um retorno gradual das atividades econômicas, fazendo crescer o nível de emprego e, consequentemente, da demanda por operações de crédito e consumo de serviços financeiros.”


O diretor ressalta também que, para 2021, a Neoconsig, antiga Expressocard, espera um crescimento real na casa dos 20% no segmento de empréstimos consignados. “Ainda mais com a bancarização do sistema e a inclusão bancária da população, que presenciamos nesse período de pandemia.”

 

Com informações da Ascom