Pesquisa da Serasa Experian revelara que, no primeiro trimestre de 2024, a inadimplência atingiu apenas 10,1% da população agro na região Norte do Brasil. Nos índices estaduais, Amapá, Tocantins e Amazonas são os que concentram a maior parte dos produtores rurais endividados. O Pará está dentro da média regional de 10,1%. O estudo considera somente dívidas que venceram há mais de 180 dias.
Comparado aos três mesmos meses de 2023, esse percentual na região configurou um cenário de estabilidade, já que houve um aumento de apenas 0,7%. Para o Indicador de Inadimplência do Agronegócio da Serasa Experian, foram levantadas dívidas relacionadas ao financiamento e atividades agronegócio, como instituições financeiras, agroindústria de transformação e comércio atacadista agro, serviços de apoio ao agro, produção e revendas de insumos e de máquinas agrícolas, produtores rurais, seguradoras não-vida, transportes e armazenamentos.
Em nível nacional, os dados mostram que, durante o primeiro trimestre de 2024, ainda considerando apenas dívidas que venceram por mais de 180 dias e que foram contraídas em setores que se relacionam às principais atividades do agronegócio, a inadimplência atingiu somente 7,3% da população rural que atua como pessoa física no Brasil. Um aumento sutil de 0,8 pontos percentuais em relação aos três primeiros meses de 2023.
Marcelo Pimenta, head de Agronegócio da Serasa Experian, aponta que os dados podem ser interpretado como relativamente positivos, pois a variação trimestral de 0,8% ano contra ano é pequena. “Mesmo com os diversos desafios enfrentados pelo setor no último ano, como a queda do preço das commodities e a subida dos custos de insumos agropecuários, os números de inadimplência no agro se mantiveram praticamente estáveis e a maior parcela dos proprietários rurais brasileiros conseguiu honrar seus compromissos financeiros”, analisa.
“Quando olhamos para o cenário direto da cadeia agro percebemos um quadro ainda mais otimista em relação a inadimplência. É importante ressaltar essa diferenciação, porque se no geral apenas 7 em cada 100 proprietários rurais estão inadimplentes, nesse recorte o percentual é quase inexistente”, comenta Marcelo Pimenta.
Na análise por porte, considerando todos os setores analisados, os pequenos proprietários rurais registraram o menor percentual de inadimplência (6,5%) no primeiro trimestre deste ano. Em comparação com o mesmo período de 2023, o quadro foi de relativa estabilidade, com acréscimo de apenas 0,6 pontos percentuais. Grandes proprietários e aqueles que não possuem registro de cadastro rural tiveram os maiores percentuais.
(Victor Furtado, da Redação do Fato Regional, com informações da Serasa Experian)
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