quarta-feira, 8 de maio de 2024

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Entenda o Sistema de Vigilância da Amazônia (Sivam), que tem uma base em São Félix do Xingu

Um dos mais ambiciosos projetos do Governo Federal e da Força Aérea Brasileira de proteção e monitoramento do espaço aéreo da Amazônia começou a ser idealizado em 1980 e executado nos anos 90. Além da base de São Félix do Xingu, o Pará tem outros nove destacamentos do projeto
A base do Sivam em São Félix do Xingu, um dos 10 destacamentos do Pará do maior projeto de monitoramento do espaço aéreo da Amazônia e defesa da soberania nacional (Foto: Wesley Costa / Fato Regional)

O Pará tem 10 destacamentos do Sistema de Vigilância da Amazônia (Sivam), sendo um deles em São Félix do Xingu, na região Sul do Estado. A antena pode ser vista a vários metros de distância e fica ao lado do aeroporto municipal. O destacamento tem múltiplas funções, indo de monitoramento do espaço aéreo até meteorologia aeronáutica há quase 22 anos.

O Destacamento de Controle do Espaço Aéreo de São Félix do Xingu (DTCEA-FX) foi um dos primeiros destacamentos do Pará, compondo uma rede do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea). A estrutura fez parte do escopo do Projeto Sipam/Sivam, desenvolvido pela Força Aérea Brasileira (FAB). O projeto foi iniciado, segundo a Aeronáutica, no dia 25 de julho de 1997 e entrou em operação em 25 de julho de 2002, inaugurado pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso.

“Cabe ressaltar a sua importância e relevância, uma vez que o Destacamento tem por finalidade prover informações do movimento aéreo, meteorologia aeronáutica e comunicações terra-ar, entre os controladores de voo e as aeronaves, naquela região. O DTCEA-FX entrou em operação no dia 25/07/2002. No Estado do Pará foram construídos 10 destacamentos e 30 em toda a Amazônia”, diz nota da FAB ao Fato Regional.

Em toda a Amazônia foram construídos 30 destacamentos do projeto Sivam, que completa 22 anos de operação em julho deste ano e monitora a região que corresponde a 59% do território nacional (Foto: Wesley Costa / Fato Regional)

Trata-se de um dos mais ambiciosos projetos de monitoramento e segurança do espaço aéreo, que começou a ser concebido pela Aeronáutica e o Governo Federal ainda na década de 1980 e passou por longos anos de planejamento e organização das estruturas necessárias, desde construção das edificações até os equipamentos e softwares. Os investimentos foram de US$ 1,4 bilhão para garantir a presença do sistema até em regiões de difícil acesso.

São Félix do Xingu, informou a FAB, foi uma cidade escolhida para ter um destacamento “…em razão das aerovias existentes na Amazônia, o que permitiu uma cobertura radar com uma melhor eficiência operacional, contribuindo, desta forma, para uma maior segurança da navegação aérea”. A Amazônia representa cerca de 59% do território brasileiro e o sistema é capaz de monitorar também atividades predatórias ilegais, como desmatamento e garimpo.

Veja onde estão os destacamentos do Sivam no Pará:

  • Altamira
  • Belém (dois destacamentos)
  • Conceição do Araguaia
  • Jacareacanga
  • Marabá
  • Porto Trombetas
  • Santarém
  • São Félix do Xingu
  • Tiriós

Inicialmente, a proposta foi vista sob suspeita de ser uma forma de repassar informações sensíveis da segurança nacional a outros países, já que algumas empresas estrangeiras participaram da licitação de implantação do projeto. Porém, as regras da licitação impediam isso e o contrato ficou com uma empresa estadunidense, a Raytheon. Hoje em dia isso ficou como uma teoria da conspiração, mas a Folha de São Paulo conseguiu documentos que provariam que os Estados Unidos consideram essa uma “vitória geopolítica”.

(Victor Furtado, da Redação do Fato Regional)


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