No pacote de privatizações que o governo pretende fazer, está a “reprivatização” da Vale, de acordo com integrantes da equipe econômica ouvidos pelo blog. O governo hoje possui participação acionária na empresa, privatizada em 1997, e o objetivo do Ministério da Economia é se desfazer dessas participações vendendo as ações.
Hoje, 20% da Vale pertence à Litel Participações, que tem entre os seus acionistas fundos de pensão ligados às estatais, como a Previ, a Petros, a Funcef e a Funcesp. Além disso, o BNDESPar, braço de investimentos do BNDES no mercado de ações, detém mais de 6% da companhia.
“Vamos reprivatizar a Vale. Vamos colocar todo mundo para vender esse troço todo. Vamos tirar as patas do mercado”, declarou um integrante da equipe econômica.
Na semana passada, o presidente Jair Bolsonaro afirmou ao blog da Natuza Nery, no G1, que vê com “simpatia” a privatização da Petrobras. A avaliação do presidente sobre o assunto mudou, diante da ameaça de paralisação dos caminhoneiros, que questionam o reajuste do diesel e o não cumprimento da tabela de frete, criada como resposta à greve de 2018.
Em relação à Petrobras, no entanto, a intenção mais imediata do governo é vender metade das refinarias e o braço de distribuição da empresa, concentrando as atividades em exploração, antes de discutir a sua privatização. Mais no curto prazo, estão no radar as privatizações da Eletrobras e dos Correios, que ainda encontra resistência no Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, ao qual está ligado.
Em 2017, de acordo com dados do Tesouro, os aportes nas estatais dependentes do Tesouro foram de R$ 20 bilhões, entre subvenções e aumento de capital.
Fonte: G1