O ex-ministro da Justiça Anderson Torres deve depor novamente à Polícia Federal na tarde desta segunda-feira, 8. Desta vez, no inquérito que apura a atuação da Polícia Rodoviária Federal (PRF) nas eleições de 2022.
O depoimento deve ocorrer no Batalhão de Aviação Operacional da Polícia Militar do DF, onde Torres está preso desde janeiro, por suspeita de omissão nos atos de 8 de janeiro, quando as sedes dos três poderes foram depredadas. À época, ele era secretário de Segurança do DF.
A PF pretendia ouvir o ex-ministro no dia 24 de abril, mas o depoimento foi adiado para esta segunda a pedido da defesa de Torres, que alegou “piora” no estado de saúde dele.
Ao determinar a nova data, o relator do inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Alexandre de Moraes, argumentou que Torres foi “devidamente avaliado por profissional médico, que atestou que as medicações do preso foram ajustadas”, e que ele “tem tido acompanhamento médico frequente”.
Moraes também assegurou ao ex-ministro “o direito ao silêncio e a garantia de não autoincriminação, se instado a responder a perguntas cujas respostas possam resultar em seu prejuízo”.
Os advogados ainda tentam reverter a prisão preventiva de Torres. Em recurso, a defesa alega que já não estão presentes as justificativas previstas em lei para manter a decisão.