quinta-feira, 28 de março de 2024

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Faça um tour virtual pelo Parque Zoobotânico Vale, que segue cuidando dos animais durante a pandemia

Equipe de tratadores permanece dedicada aos mais de 360 animais do PZV. Por mês são 4 toneladas de alimentos para alimentar os animais
Gavião Real é uma das muitas espécies do PZV que são preservadas com carinho. (Foto: Vale)

O Parque Zoobotânico Vale (PZV) completou 36 anos de criação. Em virtude da pandemia, o espaço está fechado para visitação desde março do ano passado. Mas os cuidados com os animais não pararam. Todos os dias, uma equipe de tratadores se dedica à limpeza dos recintos e ao preparo da alimentação desses bichinhos, exemplos da beleza e da importância da Amazônia. Por mês, chegam a ser 4 toneladas de alimentos preparados com cuidado conforme a dieta especial de cada um.

E mesmo na pandemia, todo mundo pode visitar o Parque Zoobotânico Vale sem sair de casa. O espaço já conta com um tour virtual, um ambiente que proporciona a experiência de visitar os principais recintos, os animais, a botânica do local, além de apresentar algumas curiosidades do Parque.

CLIQUE AQUI PARA ACESSAR O TOUR VIRTUAL PELO PZV

O espaço conta atualmente com um plantel de 360 animais, entre aves, mamíferos e répteis, incluindo algumas espécies raras ou ameaçadas de extinção, como o gavião-real, ararajuba, onça pintada, suçuarana, macaco-aranha-da-testa-branca e macaco cuxiú.

Conheça um pouco da rotina do parque

Frutas, carnes, peixes, ração e amêndoas… O cardápio é balanceado. O grupo de tratadores seleciona, corta, pesa e separa em potes de acordo com a dieta de cada espécie. “Todo dia tem um cardápio diferente, que é descrito e seguimos com o preparo. Trabalho com gosto. Sou contente com o que faço”, conta o tratador Raimundo Morais Mendes, que há 19 anos trabalha no Parque. Depois das refeições separadas, segue a entrega “delivery” pela manhã e pela tarde passando por cada recinto. Os espaços também são higienizados diariamente.

Na rota, prato variado de frutas para os macacos. O peixe é pego ligeiro pela lontra. Já para espécies, como os felinos, há área específica para o manejo, que contém diferentes salas com acesso por portas corrediças distintas, onde a carne é colocada e depois as onças são liberadas para adentrar cada uma em um recinto separado.

Os tratadores Raimundo Morais Mendes e o José Raimundo Brito Barros cortam e pesam frutas e carnes para dieta balanceada dos animais.

 

Toda a alimentação é cuidadosamente planejada e preparada pelos trabalhadores do PZV, que atuam com carinho. (Foto: Vale)

 

Basta o tratador Camilo Cutrim Sousa colocar as frutas e a ração no recipiente do viveiro de imersão, para as aves logo se empoleirarem ao redor. Há 11 anos, ele compõe a equipe de tratadores e define com a palavra gratidão o sentimento que tem pelo trabalho de cuidar dos animais do Parque.

“Para mim, que gosto muito do meio ambiente e da conservação, todos os dias eu me sinto grato por vir trabalhar nesse local, porque além da exposição para as pessoas conhecerem os animais que existem aqui na fauna da Amazônia, a gente fica aqui no bastidor, cuidando desse animal que vem do resgate, de apreensões. E todos esses animais têm um cuidado especial, uma alimentação balanceada, tudo tratado, animal por animal. E isso é muito gratificante, sabendo que a gente está fazendo parte da conservação, cuidando deles”, diz Camilo.

No final da rota, após ter alimentado as onças atento ao manejo, Ivaldo dos Santos Braga revela que a relação com os animais é tão forte que vira um maior sentimento e envolve a família e os amigos. “Minha filha sempre pergunta: – Papai, como está seu Parque? E eu respondo: – Minha filha, meu parque está ótimo”. Já meus amigos chegam a me dizer: – Vamos trocar de trabalho? E eu digo não! Não tem como, porque o que eu faço eu faço com amor”.

Parque é sinônimo de preservação

Os animais que estão hoje no Parque Zoobotânico Vale, em grande parte foram entregues por órgãos ambientais, como o IBAMA, ICMBio e SEMAS vindos de apreensões ou criações ilegais. Também vieram de permuta com outros zoológicos do país ou nasceram em cativeiro no próprio parque. No PZV, eles recebem acompanhamento diário e atendimento veterinário. Fundado em 1985, o Parque é hoje uma das principais atrações turísticas da região e, principalmente, espaço para educação ambiental e sensibilização para a importância de preservação do meio ambiente.

 

Animais se reúnem rapidamente quando é hora da comida. (Foto: Vale)

 


Entre as principais atividades desenvolvidas no PZV está o programa voltado à reprodução em cativeiro de espécies do bioma amazônico e que estão ameaçadas de extinção. Já foram alcançados importantes resultados, como o nascimento de filhotes de ararajuba, onça-pintada e harpia. O espaço contribui com a preservação das espécies, servindo como estoque genético e formando profissionais especializados para trabalhar em benefício da preservação da fauna e flora brasileiras, dentro do Programa de Manejo Reprodutivo para Conservação de Espécies Ameaçadas de Extinção e Relevância Biológica.

(Fonte: Vale, com edição da Redação Fato Regional)