sexta-feira, 22 de novembro de 2024

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FALSO: STF não vai julgar “obrigatoriedade da ideologia de gênero”

Termo "ideologia de gênero" é um conceito velho e terrorista que propaga ódio contra a população LGBTQIA+ do mundo
Uso da imagem na notícia falsa já foi criticado pelo autor da imagem, que pediu que parassem de usá-la em propaganda política e a tirassem de contexto. (Foto: Divulgação / Rede Sociais)

Nos próximos dias, o Supremo Tribunal Federal (STF) pode julgar uma ação direta de inconstitucionalidade (ADI), de número 5668, proposta pelo PSOL. O partido pede que sejam inclusas, no Plano Nacional da Educação, medidas que possam combater discriminações e violências por identidade de gênero e orientação sexual nas escolas. Isso é fato. O que é falso e não tem sentido nenhum é que isso seja chamado de “ideologia de gênero”. E essa história voltou a circular nas redes sociais digitais.

O termo “ideologia de gênero” já é antigo e sempre foi associado a notícias falsas. Quase todas de cunho altamente LGBTQIAfóbico. Ou simplesmente homofóbico. Homofobia, legalmente, no Brasil, é equiparado ao crime de racismo. É imprescritível e inafiançável. O STF, reiteradas vezes, já deixou claro que todos os projetos e propostas de “combate à ideologia de gênero” são inconstitucionais.

Na ADI proposta pelo PSOL, não há qualquer menção a banheiros públicos unissex, estímulo a práticas sexuais, indução de mudanças em todos os conceitos de sexualidade. O que há é um pedido para que as escolas adotem formas de combater a violência física e psicológica direcionada a crianças e adolescentes por conta de identidade de gênero ou orientação sexual. Apenas isso. Os banheiros ficam dos jeitos que são e as disciplinas escolares não vão promover orgias homoafetivas.

“Ideologia de gênero” é apenas um conceito vago, criado por pessoas homofóbicas, que querem, por terrorismo, dizer que outras identidades de gênero e orientações sexuais são “pecado” ou “destruirão a família”. É como se fosse errado pedir respeito, tolerância, liberdade e segurança.

Portanto, é falso que haja um plano, no STF, para instalar uma “ditadura homossexual” no Brasil, começando pelas escolas. Compartilhar esse tipo de coisa, além de perda de tempo, só leva a mais violência, no país que mais mata pessoas trans, lésbicas e gays no mundo. E curiosamente, é o que mais consome pornografia relacionada a conteúdos LGBTQIA+.


Por sinal, Kasuga, autor da imagem que é usada, há anos, para falar da tal “ideologia de gênero”, de forma política, já pediu várias vezes que o desenho dele não seja usado em propaganda política de ódio. E que a imagem está sendo usada, sem autorização, sendo tirada de contexto da obra dele.

(Victor Furtado, da Redação Fato Regional)