Famílias atingidas pelas cheias dos rios Tocantins e Itacaiúnas voltaram a protestar nesta quarta-feira (8), em Marabá, no sudeste do Estado. Os manifestantes alegam que precisam de assistência nos abrigos.
Desta vez, o protesto ficou por conta dos desalojados que estão no abrigo da Folha 14, na Nova Marabá. Com galhos de árvores, eles bloquearam a Avenida Transmangueira, impedindo a passagem de veículos, o que ocasionou um longo engarrafamento
Uma das manifestantes, Gleiciane Silva afirma que eles precisam de cestas básicas, colchão e água potável. “A gente recebeu cesta no dia 11 e todos os dias eles dizem que vem mais, mas nunca vem. Também estamos desde cedo sem água”, reclama a mulher.
O coordenador da Defesa Civil Municipal, Walmor Costa, tentou negociar pessoalmente com os manifestantes. Ele afirmou que as cestas de alimentos seriam entregues nesta quarta-feira (9), às famílias que estão no abrigo. “Está programado para amanhã a distribuição de cestas básicas, a gente já vai providenciar para encher a caixa d’água, o que é do município nós já chegamos a um consenso”, afirmou.
SEM ACORDO
Segundo a Polícia Militar, durante o protesto o caminhão de uma empresa que tentou passar foi apedrejado. “O motorista está ferido, está sendo prestado o auxílio para ele e a PM está juntamente com o secretário Walmor para dar o suporte e resolver a situação”, informou o tenente PM Costa.
Ele afirmou que entende a situação dos desalojados, mas a partir do momento em que ocorre algum tipo de dano e agressão, a Polícia Militar tem que agir.
“Uma hora eles falam que querem alimentação, colchão, água e foi atendido pela prefeitura, só que de uma hora para outra, eles já querem outra coisa, a gente não sabe como resolver a situação deles. Fica complicado, o Estado e o Município estão aqui presente para desobstruir a via pública e os meios necessários para isso, tendo em vista que o diálogo até agora não está resolvendo”, informou o tenente.
Uma guarnição da Polícia Militar e da 1ª Cime (Companhia Independente de Missões) deram apoio para que as máquinas da prefeitura desobstruíssem a vida. Uma caçamba foi utilizada para colocar os galhos e matos utilizados no protesto.
Os manifestantes, entretanto, voltaram a ameaçar novamente interditar o trecho caso as solicitações não fossem atendidas.
Fonte: DOL Carajás
