Os municípios de Faro e Oriximiná, no oeste do Pará e na divisa com o Amazonas, estão com falta de oxigênio para atender à população. É o princípio de um possível impacto de estar perto do estado vizinho, que sofre uma segunda e violenta onda de covid-19, causada por uma nova variante do coronavírus SARS-CoV-2.
Os dois municípios ficam na região Baixo Amazonas, que devido à crise no Amazonas, tiveram o bandeiramento alterado para vermelho, o segundo maior risco em relação à covid-19. A medida afeta as cidade de Santarém, Oriximiná, Faro, Juriti, Terra Santa e Óbidos, os mais próximos da divisa.
Profissionais da saúde relatam que já há mortes, nas últimas 24 horas, em Faro e Oriximiná, devido aos estoques de oxigênio medicinal estarem chegando ao fim. Alguns cilindros estão sendo divididos para várias pessoas ao mesmo tempo.
A Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa) não identificou, por enquanto, a nova cepa do coronavírus que está assolando o Amazonas. Supostamente, mais transmissível, mais letal e dessa vez mais cruel com pessoas mais jovens.
O governador Helder Barbalho (MDB) estava na região, acompanhando a entrega das vacinas contra covid-19. Pelo Twitter, ele anunciou medidas emergenciais para sanar a situação.
“Pessoal, sobre a situação do município de Oriximiná, acabo de falar com o Ministro da Defesa e pedi ajuda para viabilizar o transporte aéreo, através da Força Aérea Brasileira, de uma mini usina de produção de oxigênio de São José dos Pinhais, no Paraná, para o município. O ministro ficou de dar uma resposta até o final do dia. Por enquanto, o município de Oriximiná continua abastecido por cilindros de oxigênio”, declarou o governador.
(Da Redação Fato Regional)