Apesar da flexibilização do uso de mascaras estar sedo discutida, em alguns estados brasileiros, médicos especialistas divergem sobre a segurança da medida, que foi adotada desde o inicio da pandemia, deixar de ser obrigatória, a medida que vacinação contra covid-19, avança no país.
Professora da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e consultora da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), a infectologista Raquel Stucchi, avalia que a flexibilização do uso de máscaras só pode ser discutida quando Estados e municípios tiverem 80% da população devidamente protegida inclusive com as doses adicionais, caso da terceira dose para idosos, imunossuprimidos e profissionais da saúde.
Segundo Raquel, a população idosa que ainda não tomou a dose de reforço pode ser muito prejudicada com a retirada das máscaras, já que a maioria foi vacinada no início do ano e com CoronaVac, cujo índice de eficácia segundo estudos, é menor nos mais velhos.
“Esses vacinados em janeiro ou fevereiro não estão mais devidamente protegidos. Para pensar em tirar a máscara, precisamos ter 80% da população devidamente protegida e uma baixa ocupação hospitalar, além de baixa mortalidade”, defende a especialista.
Apesar do Pará estar avançando na imunização contra a covid-19 e consequentemente reduzindo o número de casos e de mortes da doença, a Secretaria de Estado da Saúde do Pará (Sespa) ainda não pautou a discussão sobre a flexibilização no Estado.
“ A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) informa que apesar da melhora no cenário da pandemia no Estado do Pará, a desobrigação do uso de máscaras ainda não está em discussão”, diz