terça-feira, 23 de abril de 2024

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Fumaça de queimadas no Mato Grosso faz avião de Bolsonaro arremeter

Apesar do transtorno causado pelas queimadas que devastam o Pantanal e diversas outras áreas do Brasil, o presidente minimizou a gravidade dos incêndios no país e criticou "outros países".
Avião de Bolsonaro arremeteu devido à baixa visibilidade causada pela fumaça de incêndios. Ele fez uma visita a Sinop, nesta sexta-feira (18). (Foto: Cléber Romero / Só Notícias)

O avião no qual o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) estava, na manhã desta sexta-feira (18), teve de arremeter, ao chegar a Sinop, no estado do Mato Grosso. Devido à fumaça dos graves incêndios que devastam a região do Pantanal — e já afetam outras regiões brasileiras mais próximas — o piloto da aeronave não tinha 100% de visibilidade da pista para pouso seguro. Arremeter é uma manobra normal na aviação, que é quando o piloto, já se preparando para o pouso, decide subir novamente por alguma dificuldade que não garanta segurança.

A informação foi confirmada pela administradora do aeroporto de Sinop. O próprio presidente, em discurso, comentou o fato, mas não falou em fumaça ou sobre os incêndios no Pantanal. “Hoje quando o avião foi aterrissar, ele arremeteu. Foi a segunda vez na minha vida que acontece isso, uma vez foi no Rio de Janeiro, e, obviamente, algo anormal está acontecendo, no caso é que a visibilidade não estava muito boa”, disse.

A aterrissagem da comitiva, que levava ainda os ministros da Defesa, Augusto Heleno, da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, e o chefe da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, ocorreu normalmente na segunda tentativa.

Mais tarde, em discurso a representantes do agronegócio no estado, Bolsonaro disse que há “alguns focos de incêndio pelo Brasil” e que isso acontece ao longo dos anos. “Temos sofrido uma crítica muito grande. Porque, obviamente, quanto mais nos atacarem, mais interessa aos nossos concorrentes, para o que temos de melhor, que é o nosso agronegócio”, declarou.

Em referência às críticas de outros países sobre as queimadas no Brasil, Bolsonaro rebateu. “Países outros que nos criticam não têm problema de queimada, porque já queimaram tudo nos seus países”.

Depois do pronunciamento em Sinop, Bolsonaro seguiu de carro para Sorriso. Pelo cerimonial da Prefeitura de Sorriso, ele seguiria de helicóptero para a cidade. A assessoria do presidente, no entanto, não disse o motivo da mudança e negou que tenha sido por causa da fumaça. A distância entre as duas cidades é de 84 km. A viagem durou cerca de uma hora.

Na cidade, ele entregou títulos rurais e em discurso voltado aos produtores do estado. Voltou a criticar o distanciamento social temporário, por conta da pandemia de covid-19. O Brasil é um dos países com maior número de pessoas contaminadas no mundo: 4,4 milhões, com mais 135 mil mortes pela doença.


“Esse estado [Mato Grosso], um dos maiores de extensão, a sua vocação é o agro, cada dia, cada mês e ano estamos tendo prova disso. Vocês não pararam durante a pandemia. Vocês não entraram na conversinha mole de fica em casa e a economia a gente vê depois. Isso é para os fracos’, comentou Bolsonaro.

(Fonte: G1, com edição da Redação Fato Regional)