sexta-feira, 26 de abril de 2024

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Funcionários do MEC afirmam que resultado do Enem não é 100% confiável

Segundo os servidores, um dos cálculos deixou de ser refeito pelo Inep, comprometendo lista de aprovados em cursos

Ao identificar erros em notas do Enem 2019, o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) refez a conferência dos desempenhos dos participantes, mas não recalculou a proficiência dos itens usados nas provas do exame.

O procedimento traria maior segurança para os resultados, mas esse cálculo levaria mais tempo para ser concluído. O governo Bolsonaro preferiu abrir mão dessa análise para dar uma resposta rápida aos erros e manter o cronograma do Sisu (Sistema de Seleção Unificada).

Sem esse procedimento, funcionários do instituto e do MEC (Ministério da Educação) dizem, sob condição de anonimato, que não é possível ter 100% de confiança nos resultados.

Na avaliação de técnicos da pasta, o recálculo das proficiências poderia reduzir o erro padrão do exame e indicar variações nas notas – que provavelmente seriam pequenas, mas suficientes para alterar, por exemplo, a lista de aprovados em cursos concorridos.

A cúpula do instituto, entretanto, evita um retrabalho na base de dados com receio de novos questionamentos da nota. O entendimento é que isso sé será feito caso haja determinação da Justiça, segundo relatos obtidos pela Folha.

Após comemorar o que seria o melhor Enem de todos os tempos, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, confirmou que milhares de notas haviam sido divulgadas com erros.

Candidatos que haviam feito a prova de uma cor tiveram suas provas corrigidas como se tivessem feito outra – segundo o Inep, 5.974 foram afetados com o problema e seus resultados, alterados.


A divulgação dos resultados do Sisu chegou a ser barrada na Justiça, mas o governo conseguiu reverter a decisão no STJ (Superior Tribunal de Justiça) nesta terça-feira (28).

 

Com informações da Folha de São Paulo