sexta-feira, 22 de novembro de 2024

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Furtos de hidrômetros aumentaram em quase 10% em 2019

A média mensal de furtos de hidrômetros no Pará aumentou em quase 10% neste ano.

De acordo com a Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa), no ano passado, foram registrados 995 furtos do aparelho no estado, uma média de 82,81 ocorrências por mês. Em 2019, de janeiro a outubro, 909 casos já foram contabilizados, o que representa uma média de 90,9 furtos por mês.

Todo ano, a companhia gasta, em média, quase 300 mil reais para reaver os prejuízos dos clientes que tiveram seus hidrômetros furtados.

Do total de casos registrados no estado, a maioria esmagadora ocorreu na Região Metropolitana de Belém (RMB). Foram 889 furtos na região, o que representa 97,79% da totalidade.

Somente na capital, 608 hidrômetros foram furtados em 2019 (66,88% do total). Em Ananindeua, foram 221 casos contabilizados (24,31%), e em Marituba, 60 (6,60%). Em Belém, os três bairros de maior incidência são Campina, com 115 registros, seguido de Batista Campos, com 88, e Condor, com 41.

O preço médio de um hidrômetro varia entre 75 e 90 reais, mas o maior atrativo de quem furta o equipamento, de acordo com o gestor de negócios da Cosanpa, Edson Cardoso, é o cobre, um metal que pode ser encontrado dentro do aparelho e depois vendido em ferros velhos por um pequeno valor, já que no ato de arrancar a peça da tubulação, ela acaba sendo danificada. “A ideia de que esse aparelho traga retorno financeiro pela venda do material que o compõe é que faz com que as pessoas busquem furtá-lo”, afirma ele.

Por cada ocorrência de furto, a Cosanpa tem um gasto médio de 295 reais, contando com a mão de obra e com o serviço de troca da tubulação que foi danificada. No ano passado, foram gastos cerca de 294 mil reais com os serviços.

Este ano, os gastos já estão chegando nos 270 mil reais. “Mas na verdade, o maior prejuízo vai pro cliente”, destaca Cardoso. Ele que sofre o transtorno, porque naquele momento do furto ele vai passar pelo vazamento e pela falta de água no imóvel dele”.

O hidrômetro é um aparelho de medição do volume de consumo de água nas residências, que geralmente fica instalado na parte externa das casas, conectado às tubulações de abastecimento. “Quando a pessoa arranca, ela quebra uma parte do sistema, quebra aquilo que mede e conecta a rede ao imóvel, então ocorre o vazamento”, explica o profissional. “Além do desperdício de água durante esse furto, você tem o impacto no cliente, porque ele vai ficar sem água em casa até que a gente resolva o problema”.

O que fazer se o meu hidrômetro for furtado?

O primeiro passo no caso de ter o equipamento furtado é informar a Cosanpa sobre o vazamento, para que seja restabelecido o fornecimento de água na residência. Isso pode ser feito através do chat online no site da companhia, pelo WhatsApp exclusivo para vazamentos: (91) 98814-5721, ou ainda em uma das lojas físicas de atendimento, cujos endereços podem ser encontrados no mesmo site.

Após o aviso ser feito, a Cosanpa tem um prazo de até 48 horas para ir até o local, interromper o vazamento e retomar o abastecimento de água. Depois, é necessário que o cliente registre um boletim de ocorrência sobre o furto em alguma Delegacia de Polícia.

Depois de registrar o boletim, o cliente poderá solicitar a substituição gratuita do equipamento junto à companhia.


O prazo para que o serviço de substituição seja realizado é de até 90 dias após a solicitação. Durante esse período, a conta de água da residência será calculada a partir de uma média registrada no histórico de consumo daquele cliente.

 

 

Fonte: O Liberal