segunda-feira, 25 de novembro de 2024

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Gado paraense está quase 100% vacinado

As autoridades de saúde animai do Estado informam que a imunização alcançou 98,90% do rebanho bovino. As regiões Sul e Sudeste tiveram a maior cobertura vacinal.
A agropecuária do Pará também tem sido beneficiada pelos investimentos do BNDES no agronegócio e agricultura familiar (Foto: Agência Pará)

A Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará) informa que a campanha vacinal de febre aftosa, referente à última etapa de 2021, chegou ao percentual de 98,90% de cobertura vacinal. Assim, a Agência registra a notificação de 10.556.307 animais bovinos e 71.328 bubalinos, totalizando 10.627.635 animais vacinados, pertencentes à faixa etária de 0 a 24 meses. No total, o estado do Pará possui um patrimônio pecuário de mais de 24 milhões de cabeças de bovinos e o maior rebanho bubalino do país.

Esses dados são referentes à última etapa da campanha de 2021, a etapa de novembro, que foi prorrogada até o dia 31 de dezembro e teve a notificação da vacina, foi permitida até o dia 10 de janeiro de 2022. No total, o Pará executa cinco etapas de vacinação no decorrer do ano, todas em cumprimento às diretrizes do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa.

O Pará tem comprovado ausência do vírus da febre aftosa no seu território há 17 anos
 O Pará tem comprovado ausência do vírus da febre aftosa no seu território há 17 anos | Reprodução COTRIEL

 

“Após análise dos dados consolidados resultantes da etapa de vacinação, verificou-se que o estado possui um total existente de 105.537 propriedades distribuídas nos municípios participantes da etapa, possuidoras de um rebanho de 24.125.909 bovinos e 318.911 bubalinos, sendo 10.672.756 bovinos e 73.853 bubalinos pertencentes à faixa etária de 0 a 24 meses”, informa o diretor geral da Adepará, médico veterinário, Dr. Jamir Paraguassu Macedo.

Com um território de 1.245.870,798 km², o Pará é constituído por 144 municípios, distribuídos em seis mesorregiões, as quais são: Baixo Amazonas Paraense, Marajó, Metropolitana de Belém, Nordeste Paraense, Sudoeste Paraense e Sudeste Paraense. Dessa forma, durante o mês de novembro, a vacinação ocorre em 126 municípios e o Programa Estadual de Erradicação da Febre Aftosa (Peefa) faz o acompanhamento periódico dos índices vacinais de rebanho bovino e bubalino, bem como da cobertura vacinal em propriedades rurais do estado do Pará.

Pecuária – O diretor reitera que, durante a etapa de novembro, somente a população animal de 0 a 24 meses está envolvida na campanha a qual obrigatoriamente deve ser vacinada. Segundos os dados da Agência de Defesa, essa população representa 43,96% do rebanho total existente nos municípios envolvidos.

Segundo a análise dos índices vacinais por município, as regiões Sul e Sudeste do estado são as que alcançam maior cobertura de rebanho e de propriedade, já a região do Baixo Amazonas é onde estão os municípios com menores índices.

Campanha – A campanha de vacinação contra febre aftosa e todas as demais ações de defesa agropecuária pretendem evitar prejuízos para a produção, evitando a introdução e a disseminação de doenças. De acordo com legislação, a vacina contra a febre aftosa deve ser administrada, com uma dose de 2 ml, através da via subcutânea ou intramuscular, na região da tábua do pescoço (terço médio) do animal.

A Agência ressalta que, após o período de imunização do rebanho, os produtores têm prazo para realizar a notificação junto à Agência, presencialmente ou via internet, pelo Sistema de Integração Agropecuária (Siapec3), disponível no site da Adepará. O produtor rural deve adquirir sua vacina em uma revenda cadastrada junto à Agência.

Para comprovar a vacinação é necessário apresentar, além da nota fiscal de aquisição da vacina, a relação do rebanho, com a quantidade de animais, faixa etária e espécie trabalhada. O produtor que não notifica a vacinação fica sujeito à multa, cujo valor pode variar de acordo com a quantidade de animais.

Sanidade – A campanha integra o Programa Nacional de Vigilância para Febre Aftosa (Pnefa), destinado a alcançar a cobertura vacinal preconizada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) em bovinos e bubalinos. Além da melhoria econômica, o Pnefa exige análise dos cenários e esforços das iniciativas públicas e privadas para que, até 2026, a vacinação contra a doença seja suspensa em todo o País.

A gerente do Programa Estadual de Erradicação da Febre Aftosa (Peefa), Dra. Samyra Albuquerque, explica que a campanha segue as normas preconizadas pelo setor. “É fundamental continuarmos com as etapas de vacinação de febre aftosa, uma medida sanitária importante para manter a sanidade dos animais e atende às diretrizes do Pnefa, que segue as recomendações do Código Zoossanitário Internacional da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), o qual estabelece que países reconhecidos como livres de doenças devem periodicamente comprovar a manutenção de tal situação sanitária”, explica.

Certificação – O Pará tem comprovado ausência do vírus da febre aftosa no seu território há 17 anos, sendo certificado internacionalmente como livre de febre aftosa com vacinação desde 2018. Entretanto, a manutenção desse status é realizado através da observação das diretrizes da OIE, bem como do Pnefa, as quais são baseadas na vigilância ativa, que tem como objetivo identificar precocemente qualquer suspeita de reintrodução do vírus, para a contenção imediata, sem demais prejuízos para a economia. Tais ações têm sido executadas pelo Serviço Oficial rotineiramente a fim de salvaguardar o patrimônio pecuário paraense.

“A vacinação de febre aftosa de bovídeos é uma ação executada pelo produtor, que apresenta o objetivo de garantir a sanidade do rebanho aos consumidores de carne do país e do mundo. Então, estes produtores têm conseguido atingir o êxito de manter a vacinação antiaftosa acima de 90%. Portanto, devemos parabenizar os produtores rurais e os servidores da Adepará por atingir esta meta proposta pelo ministério da agricultura, pecuária e abastecimento, que valoriza ainda mais a cadeia da carne bovina paraense perante o mercado nacional e internacional”, avalia o diretor de Defesa e Inspeção Animal da Adepará, Dr. Jefferson de Oliveira.

Etapas da vacinação:

Março e abril: municípios de Faro e Terra Santa – vacinação com faixa etária para todos os animais.

Maio: calendário de imunização contemplou 127 municípios –  vacinação com faixa etária para todos os animais.

Julho e agosto: novamente nos municípios de Faro e Terra Santa – vacinação para animais até 2 anos de idade.

Agosto e Outubro: Etapa Marajó – vacinação de animais de todas as idades


Novembro: novamente em 127 municípios – vacinação para bovinos e bubalinos com até 2 anos de idade.

 

 

 

 

 

 

Fonte: DOL Carajás