O presidente Lula (PT) anunciou, nesta segunda-feira (26), que vai implementar o programa social “Gás para todos”, com o intuito de fornecer botijões de gás para mais de 20 milhões de famílias até dezembro de 2025. Para ele, é o momento de reforçar o papel social de empresas que atuam com bens de direito amplo, garantindo acesso a produtos e serviços, principalmente, às pessoas mais pobres. As regras do novo programa devem ser anunciadas em breve.
Veja a transmissão do evento de lançamento da Política Nacional de Transição Energética:
Para Lula, empresas estratégicas, como Eletrobras e Petrobras, têm grande função social. No entanto, na iniciativa privada, visam apenas o lucro e tendo outras prioridades. “A gente é obrigado a fazer política social. Quando fazemos política de gás, é porque o gás, hoje, tem de ser instrumento da cesta básica do povo brasileiro, que muitas vezes não consegue comprar o botijão, que sai da Petrobras a R$ 36 e é vendido em alguns estados a R$ 140”, disse.
O anúncio foi feito durante a cerimônia de lançamento da Política Nacional de Transição Energética. Lula questionou as políticas de privatizações de todos os serviços do Estado, questionando, por exemplo, a concessão da Eletrobras à iniciativa privada, que ele considerou um “crime de lesa-pátria”.
“Esse negócio de destruir tudo que o Estado pode fazer, achando que o setor privado é melhor é mentira. O setor privado tem de ser bom; e o Estado tem de ser bom. Eu não quero Estado máximo nem Estado mínimo. Eu quero um Estado que cumpre com a sua função de Estado. E a função de Estado é fazer sentir que todos possam participar das coisas que esse país consegue produzir”, argumentou o presidente.
Para o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, combater a pobreza energética é uma missão do Governo Federal, que está ampliando e facilitando o acesso ao gás de cozinha. “O governo vai fornecer o botijão de gás de cozinha para mais de 20 milhões de famílias até dezembro de 2025. É o maior programa de acesso ao cozimento limpo do mundo. Vamos impulsionar o cozimento limpo e a substituição da lenha”, discursou.
(Victor Furtado, da Redação do Fato Regional, com informações da Agência Brasil)
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