sexta-feira, 17 de maio de 2024

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Gasolina deve ficar mais cara no Pará após reajuste

Consumidores reclamam dos altos preços praticados nos postos de combustíveis da capital
Foto: Divulgação.

O bolso dos consumidores paraenses deve ser impactado com os novos preços de gasolina que devem ser ofertados no Estado, após reajuste de 3% anunciado pela Petrobras, em vigor desde quarta-feira (19), em todo o país.

Um levantamento do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese-PA) mostrou que, na semana passada, o litro da gasolina comercializado no Pará custava, em média, de R$ 4,65, variando entre R$ 4,09 e R$ 5,55.

De acordo com o advogado do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Estado do Pará (Sindicombustíveis-PA) Pietro Gasparetto, o preço da gasolina cobrado pelos postos ao consumidor depende diretamente do valor ofertado pelas distribuidoras.

“Nos últimos anúncios de variações nos preços da refinaria, temos visto que, muitas vezes, as distribuidoras não repassam as reduções, mas repassam imediatamente as elevações. Neste cenário, é possível que os consumidores sintam a diferença na bomba”, adiantou o especialista.

Em um posto de combustível visitado pela reportagem, em Belém, a gasolina comum custa R$ 4,59 e a aditivada, R$ 4,69, valores superiores aos constatados na pesquisa do Dieese. No entanto, ainda não houve reajuste nos preços oferecidos pelo estabelecimento em 2020. Conforme explicou o gerente do local, que preferiu não ter seu nome revelado, nenhuma alta foi repassada até o momento.

“Funciona assim: a refinaria muda seus preços, as distribuidoras geralmente seguem essa mudança e repassam para os postos de combustíveis. Aí cabe ao dono atuar com o novo valor ou não”, disse o gerente.

Segundo o motorista de aplicativo César Bandeira, de 54 anos, mal dá para sobreviver na profissão com o preço alto da gasolina. Ele acha que o valor do combustível devia ser mais baixo, porque gasta, diariamente, R$ 100 com o produto. “Não dá para lucrar, quase tudo vai para a gasolina do carro. Só dá para pagar as contas”, declarou.

Além dele, outro motorista de aplicativo que estava abastecendo seu carro, o Raimundo Silva, de 44 anos, disse que qualquer sinal de reajuste já é negativo para o bolso. “Somos reféns”, pontuou. O profissional também gasta cerca de R$ 100 por dia com gasolina.

No entanto, ele disse que o impacto ainda poderia ser ainda maior, não fosse a recente atuação do Sindicato solicitando ao governo a redução do preço sobre o qual é calculado o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) dos combustíveis.


“Atendendo a solicitação do Sindicombustíveis, o governo revogou o aumento do dia 7 deste mês. Caso não tivesse ocorrido esse anúncio de aumento nas refinarias, a medida poderia trazer benefícios aos consumidores com a redução do preço. Porém, ajuda a amenizar os efeitos de possível aumento”, explicou Gasparetto.

 

 

Fonte: O Liberal