De acordo com a empresa especialista em segurança virtual, Psafe, mais de 12 mil pessoas são vítimas de golpe através do WhatsApp, por dia. O crime acontece assim: o telefone toca e uma pessoa, muito educada, pede que você responda rapidamente a uma pesquisa sobre a covid-19. Ao todo, cinco perguntas coerentes sobre a deonça são feitas e, ao final da ligação, ela diz que você precisa validar a pesquisa através de um número que acabou de lhe enviar por WhatsApp ou SMS. É aí que o golpe está feito. Sem que você desconfie, você entrega este número e pronto: o seu Whatsapp some. Então, ele foi clonado pelos farsantes.
Mas, de acordo com a Psafe, este exemplo é apenas uma das formas de abordagem utilizada pelos golpistas, que também se aproveitam de anúncios de carro, casa e outras formas para chegar até a vítima.
E não adianta você pensar: quem ainda cai nessa? Porque de acordo com uma levantamento feito pelo dfndr lab, laboratório de segurança da PSafe, aproximadamente 12 mil brasileiros são afetados diariamente pelo crime. Essa média foi registrada após especialistas mapearem 337,3 mil casos só no mês de agosto de 2020.
De acordo com as vítimas, a conversa é envolvente e cada vez mais os golpistas se aprimoram com novas formas de abordagem.
E não acontece nada com os criminosos? A Polícia faz o quê? E os bancos, não têm como rastrearem as contas que recebem os depósitos?
O golpe
Para ter a possibiidade de clonar algum usuário, os hackers precisam ativar um novo perfil como nome da vítima em outro celular, como se ela tivesse mudado de aparelho e, consequentemente, precisasse instalar o aplicativo no “novo”. Durante este procedimento, o WhatsApp solicita ao usuário um código de confirmação que é enviado para o smartphone pessoal da vítima.
Nesse momento os golpistas utilizam inúmeras desculpas e conseguem obter este código da vítima. No momento em que a conta é clonada, eles se passam pela vítima e começam a conversar com as pessoas que parecem íntimas, para obterem mais chance de sucesso para que o depósito seja feito.
Outra forma também bastante utilizada pelos criminosos para conseguir esse código é oferecer serviços gratuitos. Eles criam perfis fakes nas redes sociais fingindo ser estabelecimentos comerciais como lojas, hotéis e restaurantes e convidam a vítima a participar de uma suposta promoção ou alegando quea mesma teria sido contemplada em um sorteio.
De acordo com a PSafe, o golpe também pode ser perigoso para as empresas, uma vez que muitos funcionários se comunicam pelo WhatsApp e passam a trocar informações sobre negócios dentro do aplicativo.
Dica de segurança
De acordo com a Psafe, a principal dica para que o usuário se proteja do golpe da clonagem do WhatsApp é sempre ficar atento para ofertas que parecem ser muito tentadoras, além de evitar o compartilhamento de informações como o código PIN do WhatsApp. Outra dica importante é manter a autenticação em duas etapas ativada.
Aprenda o passo a passo configurar seu WhatsApp em duas etapas:
Passo 1: Abra o WhatsApp e acesse o menu do aplicativo simbolizado pelos três pontinhos no canto superior direito da tela.
Passo 2: Na aba aberta, clique em “Configurações”
Passo 3: Agora, acesse a opção “Conta”.
Passo 4: Clique em “Verificação em duas etapas”.
Passo 5: Na nova tela, clique em “Ativar” para iniciar a configuração do recurso.
Passo 6: Neste momento, você deverá criar uma senha de seis dígitos (PIN) e confirmar o código escolhido. Depois, também será possível registrar um endereço de e-mail para recuperar o código caso seja necessário.
Passo 7: Depois da personalização, toque em “Concluído” para finalizar a configuração do recurso.
Com informações do Metrópoles
