quinta-feira, 25 de abril de 2024

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Governadores e senadores cobram explicações da Anvisa sobre vacina Sputnik V

Dezessete estados dos consórcios da Região Nordeste e da Região Amazônica compraram a vacina russa Sputnik, mas dependem da autorização da Anvisa para receberem o imunizante
(Foto: Divulgação/ Sputinik V / Laboratório Gamaleya)

A não aprovação da vacina Sputnik V pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Anvisa, foi o tema das discussões da Comissão Temporária da Covid-19, em audiência pública nesta sexta-feira, 7. A disponibilidade de imunizantes contra a covid-19 é, para os senadores, indispensável ao enfrentamento à crise sanitária.

Dezessete estados dos consórcios da Região Nordeste e da Região Amazônica compraram a vacina russa Sputnik, o plano previa que, em 30 de abril deste ano, pelo menos 25% da população brasileira estaria vacinada. Afirmou ainda que houve um mal-estar internacional com a Rússia diante da não aprovação do imunizante pela agência reguladora brasileira.

Diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Antonio Barra Torres, convocado como testemunha na CPI da Pandemia para depoimento na próxima terça-feira, 11 , declarou não ser adequada sua fala à  CPI Covid-19, nesta sexta-feira, tendo sido representado, com autorização do presidente do colegiado, senador Confúcio Moura (MDB-RO), pelos diretores da Anvisa Meiruze Sousa Freitas e Alex Machado Campos.

Relator da matéria da importação da Sputnik na Anvisa, Alex Campos enfatizou que, quanto aos imunizantes, a Anvisa trabalha com modalidade regulatória excepcional. Em tese, deve cumprir um rito mais acelerado, já que Lei 14.124, de 2021, prevê a possibilidade dessas importações a partir de registro ou uso emergencial anteriormente obtido pelos imunizantes em outros países relacionados na norma.

Segundo o diretor da Anvisa, não foi apresentado relatório técnico da vacina russa à agência, que notificou todos os importadores, enviando expediente para 62 países que aprovaram o uso emergencial da Sputnik para saber os motivos das referidas aprovações. Campos afirma que há previsão de manifestação legal de autorização dos imunizantes no Brasil apenas com a garantia da eficácia, segurança e qualidade, que também não teriam sido apresentadas à agência.

Relator da comissão temporária, o senador Wellington Fagundes (PL-MT) destacou a importância da produção de imunizantes em território nacional, como o que prevê o recém-aprovado projeto de lei (PL 1.343/2021)de sua autoria que autoriza o uso do parque industrial de produção de vacina animal para imunizantes anticovid. O parlamentar questionou à Anvisa a respeito dos caminhos para a aprovação da vacina russa.

O senador Esperidião Amin (PP-SC) afirmou que o Brasil tem um agência reguladora de credibilidade e, por isso, afirmou estar ao lado da Anvisa, até prova em contrário.


Participaram ainda como convidados o secretário de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul, Geraldo Resende, representando o governador Reinaldo Azambuja; o secretário-executivo do Consórcio Nordeste, Carlos Gabas, e o presidente da União Química Farmacêutica Nacional SA, Fernando de Castro Marques.

 

Com informações O Globo.