sábado, 23 de novembro de 2024

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Governo e movimentos sociais atuam contra violência a trans

Em 2018, sete casos de homicídios contra pessoas trans foram registrados no Pará. A informação consta de um dossiê confeccionado pela Rede Nacional Trans, a partir de dados oficiais e apresentados em uma reunião na Defensoria Pública do Estado nesta terça-feira (29). Foram três assassinatos em Belém, um em Ananindeua, um em Marabá e dois em Concórdia do Pará. Sem contar, as subnotificações.

Para fazer frente a essa realidade, o Governo do Estado e movimentos sociais realizam ação de cidadania junto a pessoas trans que atuam como profissionais do sexo no bairro do Reduto e definiram ações conjuntas de enfrentamento ao chamado crime de ódio. A partir de ponto estratégico e nos próprios locais de atividades das pessoas, orientações e serviços são prestados.

“O relatório classifica esses crimes contra as pessoas trans como crimes de ódio, porque são praticados com extrema violência e requinte de crueldade”, afirmou Juliana Oliveira, coordenadora do Núcleo de Direitos Humanos da Defensoria Pública do Pará.

Na boate Malícia, no bairro do Reduto, pessoas trans receberam orientações, em especial profissionais do sexo. Uma mulher trans de 27 anos informou que “na pista” já identificou pessoas debochando e jogando ovos e pedras nas profissionais no Reduto. Essa mulher foi até a sede da campanha, na boate, para encaminhar documentos.

A 5ª edição da Pista Cidadã, reunindo órgãos governamentais como Segup, Polícia Civil, Polícia Militar, SejuDH, Seduc, Ouvidoria da Polícia, OAB-PA, Sesma e entidades LGBTI, contou com testes de ISTs, com destaque para a profilaxia PrEP HIV, e levantamento educacional, entre outras ações.

Para Isabella Santorinne, da Rede Paraense de Pessoas Trans, “essa ação conjunta hoje, Dia Nacional da Visibilidade Trans, é importante porque viabiliza o acesso de travestis e transsexuais a orientações e serviços aos quais em geral elas não têm durante o dia e também para combater o preconceito e a violência”.


No encontro de movimentos sociais e Defensoria Pública foi definido que serão intensificadas ações para atendimento de demandas do público trans, como empregabilidade; saúde; cidadania (registro civil, com alteração da Certidão de Nascimento); abrigamento de pessoas trans expulsas de casa, em particular, adolescentes, e prevenção e combate à violência contra essa população. Uma das ações é a desconstrução do discurso de gênero, que somente reconhece os cisgêneros e não os transgêneros.

 

 

Fonte: OLIBERAL.COM