sexta-feira, 10 de maio de 2024

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Gripe ou Influenza é uma das doenças que mais afeta os paraenses no período sazonal

A gripe provocada pelo vírus da Influenza é uma das principais doenças relacionadas à sazonalidade que acometem as pessoas no Pará. Devido às chuvas, a sazonalidade ocorre no Pará geralmente no período que se estende de janeiro a abril. Em 2019, o Estado já totaliza 55 casos positivos para Influenza. Destes, 30 para Influenza A (H1N1) e 25 Influenza B.

Sem informar os dados absolutos, a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) disse ainda que, em 2019, os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) caíram 16% em relação ao ano de 2018. Os números de óbitos também tiveram queda de 8%.

A maioria dos casos de influenza foram notificados em Belém, na qual, até o último dia 20, foram notificados 109 casos de SRAG, dos quais 14 confirmados para Influenza. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), nove residentes em Belém aguardam resultado e não há registros de óbitos. A SRAG ou pneumonia atípica é um agravamento de um quadro gripal.

O doutor Nelson Gonçalves, professor de Epidemiologia da Faculdade de Medicina da Universidade do Estado do Pará, esclarece sobre as principais doenças que acometem as pessoas relacionadas à sazonalidade no Estado, como a gripe provocada pelo vírus da Influenza.

“Elas (as doenças) vão ocorrer a partir dos diversos processos etiológicos. A sazonalidade marca maior incidência em vários tipos de doenças, como parasitárias, bacterianas e virais. Isso é mediado pelas características dos territórios, pelo próprio espaço geográfico. Quando falamos do Pará, por ser um estado muito grande, os municípios, as regiões e as mesorregiões têm relacionadas à sazonalidade a probabilidade de ter maior incidência de uma determinada doença que de outra em outro lugar. Porém, de forma mais generalista, observamos que neste momento a mais relacionada à sazonalidade é a gripe, provocada pelo vírus da Influenza”, esclarece Gonçalves.

IDOSOS E CRIANÇAS SÃO MAIS FRÁGEIS

Ainda segundo ele, pelo fato de a gripe ser uma doença altamente contagiosa preocupa, principalmente, em determinados fragmentos da população, a exemplos dos idosos, já que a epidemiologia brasileira aponta que 40% dos brasileiros sofrem de algum problema respiratório e devido ao comprometimento pulmonar. Além desse grupo, as crianças também são bastante expostas a essa doença.

“Quando falo da questão da idade, destaco aí as crianças e os idosos. Os idosos também precisam de uma atenção maior, pois os sintomas da gripe são muito intensos e podem restringir o cotidiano de uma pessoa infectada. Embora a gripe não seja uma doença grave, é responsável pela morte de milhares de pessoas, principalmente por estar relacionada à baixa imunidade do paciente. Ou associação com outras doenças, como a pneumonia, que pode apresentar um processo evolutivo. Posto que o idoso já apresenta baixa imunidade e está mais exposto às formas mais severas, e associação com outras doenças é extremamente perigosas como a pneumonia”, destaca.

PRINCIPAIS FORMAS DE PREVENÇÃO

Diante desses riscos, o professor enfatiza a importância de ações pelo poder público e pela imprensa para a sensibilização da população e também dos idosos à conscientização da necessidade de serem imunizados pela vacinação contra a gripe e higiene pessoal, consideradas como as principais formas de prevenção da doença.

“É importante a educação em saúde, como difundir informações de que as pessoas precisam se vacinar e terem cuidados com a higiene, como criar o hábito de lavar sempre as mãos com água e sabão e higienizando com álcool em gel, evitar coçar os olhos e colocar as mãos nos olhos e no nariz. Tudo isso porque o vírus da gripe é facilmente transmitido. Esses simples hábitos já evitam muito o contágio. São coisas básicas que passam pelo conceito de educação em saúde, mas que precisam ser sempre lembrados”, frisa.

Os sintomas da gripe provocada pelo vírus da Influenza são similares a todos os processos infeciosos: febre, dor intensa muscular, produção de secreção. “São processos que têm um conjunto de sinais e sintomas muito intensos. É importante que haja uma alimentação adequada, variada, equilibrada, com vitaminas, minerais e proteínas. Além de ingerir bastante água”, orienta o doutor.

OUTRAS DOENÇAS TAMBÉM EXPRESSIVAS

Outras doenças virais que ele destaca também expressivas são a dengue, chikungunya e a zika vírus. “Mas outras questões também estão ligadas nesse processo, como a conscientização da necessidade da proteção individual e coletiva, a eliminação de focos dessas doenças, a não produção de criadouros para os vetores, enfim, elas estão bem ligadas às questões ambientais”, alerta o doutor.

Sob o ponto de vista de doenças transmitidas por vetores e parasitárias, o doutor Nelson Gonçalves, professor de Epidemiologia da Faculdade de Medicina da Universidade do Estado do Pará, destaca a malária ainda como doença relacionada à sazonalidade no Pará. “Ela tem também grande expressividade talvez nem tanto no meio urbano, mas mais na área rural, no tempo intersticial”, afirma Nelson Gonçalves.

VACINAÇÃO


Em relação à vacinação, a Sesma informou que, conforme preconiza o Ministério da Saúde, o município de Belém realiza a campanha anual da vacinação contra a gripe, conforme o Calendário Nacional de Imunização, para a população dos grupos de risco. As vacinas são disponibilizadas no período da Campanha Nacional de Imunização contra a gripe. A Sespa não esclareceu sobre as ações de vacinação no Estado.

 

 

Fonte: O Liberal