quinta-feira, 2 de maio de 2024

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“Guarita”: conheça a história de Ourilândia do Norte, que completa 33 anos

Guaritaí é um dos nomes adotados à colônia de garimpeiros excluídos do Projeto Tucumã. O nome Ourilândia só veio em 1983.
Foto: Fato Regional / Arquivo

No dia 10 de maio de 1988, a lei estadual nº 5.449 criou o município de Ourilândia do Norte, na mesorregião sudeste do Pará, que hoje faz parte da região Araguaia. Essa é data do aniversário da cidade, que em 2021, completa 33 anos. O nome veio exatamente do que sugere: o ouro. A terra de 13.826,010 km², habitada atualmente por mais de 31 mil pessoas, era a promessa de prosperidade com a exploração do minério precioso.

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Em 1981, a Construtora Andrade Gutierrez (Consag, atualmente apenas AG) assumiu a execução do “Projeto Tucumã”. O empreendimento seria uma ocupação planejada para colonos que se dirigiram ao sul do Pará em busca das riquezas minerais e trabalho agropecuário. Muitos eram do Paraná e outros estados do centro-sul brasileiro.

Daí a presença desses povos e descendentes na região. Grande parte do Projeto Tucumã deu início a São Félix do Xingu. E também à cidade de Tucumã. Mas nem todas as pessoas conseguiram entrar no plano.

O fluxo migratório de várias partes do Brasil, movido pela economia que o Projeto Tucumã iria representar, foi intenso. Quando se percebeu que nem todos seriam contemplados, outras aventuras levaram garimpeiros à região que descobriram ser uma fonte de ouro.

 

Migrantes formaram colônias por ficarem de fora do Projeto Tucumã, lembra pioneiro

A corrida ao que hoje representa a cidade de Ourilândia do Norte fez um fenômeno social muito parecido com o mito de “Eldorado”, da colonização das Américas e que se baseia no mito europeu de “El Dorado”, uma cidade perdida e riquíssima, feita de ouro. É o que levou ao nome da cidade de Eldorado do Carajás. Muita gente não sabe, mas a grafia da cidade é “do Carajás” mesmo, no singular. Mas isso é uma outra história.

Ourilândia, a “terra do ouro”, que via o progresso de São Félix do Xingu de longe, então teve o primeiro processo de ocupação iniciado por garimpeiros. Antes do nome de emancipação, adotado em 1983, a terra se chamou de Guarita I e Guarita II, nomes dados pelo extinto Grupos Executivos de Terras do Araguaia/Tocantins (Getat). Como os colonos não sabiam ler algarismos romanos, houve um tempo que chamavam a colônia de “Guaritaí”, como registra o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“O Governo Federal tinha estabelecido critérios para a distribuição das terras e muitos não puderam entrar. As pessoas foram ficando à espera, formando barracos, trazendo famílias e a cidade se formou a partir daí. O processo de emancipação pegou carona na emancipação de Tucumã, em 1986. Eu cheguei ao Pará em 1986, residi em Tucumã, para trabalhar com garimpo e vim para Ourilândia em 1994, onde estou até hoje e dando minha contribuição à nossa comunidade. Parabéns, Ourilândia!”, diz Gilberto Alves, empresário, pioneiro de Ourilândia e proprietário do supermercado Norte Sul.

 

O empresário e pioneiro de Ourilândia, Gilberto Alves (Foto: Fato Regional)

 

33 anos de Ourilândia do Norte e os desejos do povo ourilandense

A ocupação espontânea se intensificou a partir da rodovia estadual PA-279. Até os dias atuais, o garimpo é uma atividade muito presente em todo o eixo centro-sul do Pará. Com o tempo, não havia como ignorar a ocupação, até que o processo político para tornar aquela colônia em um município iniciou. E assim, a partir de 10 de maio de 1988, Ourilândia do Norte se tornou a cidade que é hoje: uma cidade de povo trabalhador e pautada por um tripé econômico da mineração, pecuária e serviços.

 

Imagem aérea de Ourilândia do Norte. (Foto: Fato Regional)

 

  • “Desejo para Ourilândia mais saúde, mais sossego e felicidade para todos”, diz a feirante Lulu da Feira.
  • “Quero parabenizar Ourilândia por completar 33 anos e pedir que as pessoas se cuidem mais nessa pandemia e cuidem da nossa cidade para que ela seja limpa e possamos sempre comemorar”, comenta Edinho Vieira, moto-taxista.
  • “Há 17 anos voltei a Ourilândia e, graças a Deus, sempre tem dado certo. Desejo tudo de bom! Felicidade, prosperidade e que nossa cidade cresça ainda mais. Feliz aniversário!”, acrescenta  o empresário Wegnor Ouricar

(Victor Furtado, da Redação Fato Regional)

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