sexta-feira, 22 de novembro de 2024

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Há 90 dias parados, comerciantes protestam na Prefeitura de Tucumã para retorno de atividades

Associação pretende reunir com prefeito ainda hoje.
Proprietários de bares e restaurantes protestam em frente à Prefeitura de Tucumã - Foto: Fato Regional

Proprietários de bares e restaurantes de Tucumã, sul do Pará, protestam na manhã desta quarta-feira, 17, em frente a Prefeitura Municipal, em prol da reabertura dos seus estabelecimentos que seguem há pouco mais de 90 dias fechados devido a prevenção do Novo Coronavírus no município.


Samuel Souza, dono de bar e restaurante

“Nós queremos trabalhar. Não estamos aqui pedindo cesta básica do Governo ou auxílio, nós queremos apenas trabalhar dignamente. Estamos todo esse tempo fechado e os casos de Coronavírus não diminuíram. Essa é a realidade que o município enfrenta, mas precisamos trabalhar, precisamos pagar nossas contas, nossos funcionários precisam receber para arcar com suas dívidas também. E isso não é justo. O prefeito precisa se pronunciar”, comenta Samuel Souza, dono de bar e restaurante.


Norma Lúcia, dona de uma soverteria local

O município de Tucumã contabiliza 768 casos positivos de Coronavírus e, 7 óbitos até a última atualização do boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde, na noite de ontem, 16. “Estamos preparados para atender a população de acordo com as normas de segurança determinadas pelo Ministério da Saúde. Agora cabe ao prefeito essa liberação. Se não morrermos da doença, vamos morrer de fome, de transtornos psicológicos, pois, as contas não param de chegar e com o nosso meio de sustento fechado, como é que vamos fazer. Quem vai pagar pra nós?”, indaga Norma Lúcia, dona de uma soverteria local.


DETERMINAÇÃO DO STF

Em abril, por unanimidade, o Supremo Tribunal Federal (STF) declarou que governadores e prefeitos têm poderes para baixar medidas restritivas no combate ao coronavírus em seus territórios. Segundo o STF, os governantes podem determinar temporariamente o isolamento, a quarentena, o fechamento do comércio e a restrição de locomoção por portos e rodovias. Os ministros concordaram que governo federal também pode tomar medidas para conter a pandemia, mas em casos de abrangência nacional.

Os ministros também declararam que estados e municípios têm poderes inclusive para decretar quais serviços são essenciais durante a pandemia, determinando quais setores não devem paralisar suas atividades. A decisão fortalece governadores e prefeitos, que têm baixado decretos determinando o fechamento do comércio e de escolas.

Fernando Luiz, proprietário do Halls Bools
“O Supremo já determinou que os prefeitos tem o poder de abrir ou fechar uma determinada atividade  comercial durante a pandemia, mas já estamos há 90 dias com nossas atividades paralisadas e a doença continua avançando no município. Nossos serviços não tem culpa disso e, sabemos que devemos tomar cuidados para com os nossos clientes, por isso pedimos que o prefeito nos receba e tome uma decisão, o que não podemos é continuar parados em meio ao caos econômico que estamos enfrentando também”, destaca Fernando Luiz, proprietário do Halls Bools.

Jadiel Menezes,  presidente da associação comercial de Tucumã
Segundo Jadiel Menezes, presidente da associação comercial de Tucumã, esta é a classe que mais foi  prejudicada durante a pandemia. “Embora tenham sido parceiros do município desde o início dos decretos, é uma classe que já está na hora de retornar aos seus trabalhos, pois, estão sendo bastantes prejudicados, precisam pagar suas  contas, já tiveram que demitir seus empregados que também precisam ter seus empregos de volta.  Vamos ter uma reunião com a Prefeitura para ver como será daqui pra frente”, finaliza.
OUTRO LADO
A reportagem procurou a Assessoria da Prefeitura e aguarda nota sobre o caso em questão.
Da Redação Fato Regional