O governador do Pará, Helder Barbalho, defendeu nesta terça-feira (7) a construção de um modelo econômico da floresta viva, capaz de conciliar desenvolvimento, geração de renda e preservação ambiental. A fala ocorreu durante a abertura do III Fórum Varanda da Amazônia, realizado no Teatro Maria Sylvia Nunes, em Belém, com a presença da cantora Fafá de Belém, idealizadora do evento.
Em seu pronunciamento, Helder destacou que a COP 30, marcada para novembro de 2025 em Belém, representa um ponto de virada histórica para a Amazônia, o Brasil e o mundo. “A Amazônia deve conduzir o debate global sobre o clima. É aqui que se decide o futuro do planeta”, afirmou o governador.
Helder ressaltou que o Pará chega a esse momento com resultados concretos, citando obras estruturantes como a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Una, recentemente entregue, e o Parque de Bioeconomia e Inovação da Amazônia, inaugurado nesta terça-feira (7), no complexo Porto Futuro, que também abriga o Museu das Amazônias e a Caixa Cultural.

Segundo o governador, o novo parque — o maior do mundo dedicado à bioeconomia — é um símbolo da transição para uma economia verde, integrando ciência, tecnologia e saberes tradicionais.
“O Parque de Bioeconomia é um legado que o Pará entrega à Amazônia e ao planeta. Mostra que é possível conciliar desenvolvimento e preservação, criando emprego, renda e fortalecendo os negócios da floresta”, destacou.
Com 6 mil m² de área, o espaço reúne laboratórios, startups e unidades experimentais voltadas à industrialização sustentável de produtos amazônicos, como o açaí e o tucupi, com certificação sanitária e potencial de exportação.
Helder também apresentou o avanço na estruturação do mercado jurisdicional de carbono no Pará, que prevê repartição de receitas com produtores e comunidades tradicionais. “Não estamos vendendo floresta; estamos valorizando o serviço ambiental que ela presta. O modelo industrial emite carbono; o nosso, captura. E o mundo precisa pagar por isso”, reforçou.
O governador enfatizou ainda que o conceito de sustentabilidade deve incluir a dimensão social.
“Não há floresta em pé se houver fome. Sustentabilidade que não considera as pessoas é discurso vazio”, concluiu.
Com esse discurso, Helder Barbalho reafirma o protagonismo do Pará na agenda climática global e posiciona o estado como referência mundial em desenvolvimento sustentável e bioeconomia.

(Da Redação do Fato Regional, com informações da Agência Pará).
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