Helder Barbalho apresenta a “COP das Soluções” e propõe novo ciclo econômico sustentável para a Amazônia

Com 98% das obras prontas e o pioneiro Parque de Bioeconomia inaugurado em Belém, o governador do Pará destaca que o Estado chega à COP30 como exemplo global de desenvolvimento aliado à preservação ambiental.
Foto: Marco Santos/Ag.PA.

O governador do Pará, Helder Barbalho, apresentou nesta quarta-feira (16), durante o CNN Talks COP30, em Brasília, a visão do Estado para a Conferência das Nações Unidas sobre o Clima, que será realizada em 2025, em Belém. Segundo ele, a COP30 será a “COP das Soluções”, marcada por ações concretas que demonstram ser possível conciliar desenvolvimento econômico e proteção ambiental.

Helder destacou que 98% das obras estruturantes em Belém já estão concluídas, resultado de cerca de R$ 5 bilhões em investimentos realizados nos últimos 18 meses. “Belém está preparada para receber o maior evento diplomático do planeta e para mostrar que a Amazônia é símbolo de soluções, e não apenas de problemas”, afirmou o governador.

Durante entrevista, Helder reforçou que Belém está preparada para receber o maior evento diplomático do planeta Foto: Marco Santos/Ag. PA.

Legado urbano e uso sustentável do território

A preparação de Belém vai muito além da infraestrutura. Helder explicou que o legado da COP30 representa um novo modelo de ocupação urbana e uso responsável do solo, com obras que transformam a cidade e promovem qualidade de vida. Entre as entregas estão a duplicação da operação do aeroporto, o sistema BRT Metropolitano, uma ponte de 600 metros ligando áreas estratégicas, a maior estação de tratamento de esgoto da história de Belém, além de 13 quilômetros de canais drenados e parques lineares que reorganizam o crescimento urbano.

“O Pará está construindo um modelo de desenvolvimento que alia produtividade à integridade ambiental. Somos um dos poucos estados do Brasil com um estoque real de carbono capaz de gerar economia verde e repartição justa de benefícios”, destacou.

Helder reafirmou que o Pará está construindo um modelo de desenvolvimento que alia produtividade à integridade ambiental. Foto: Marco Santos/Ag. PA.

Transição produtiva e baixas emissões

Entre as ações de destaque estão as políticas de commodities de baixas emissões, como a pecuária rastreável, que permite o acompanhamento individual de cada animal, e o incentivo à intensificação produtiva para evitar o desmatamento. Segundo o governador, a produtividade ampliada — de uma para até três cabeças por hectare — possibilita triplicar o rebanho sem expandir a fronteira agrícola, consolidando a transição para um modelo sustentável de escala industrial.

Bioeconomia como novo eixo da Amazônia

Helder também apresentou o Parque de Bioeconomia e Inovação da Amazônia, inaugurado em outubro no Complexo Porto Futuro, em Belém. O espaço é o primeiro do mundo dedicado exclusivamente à bioeconomia, reunindo laboratórios, maquinário industrial e incubadoras de startups voltadas à transformação de insumos da floresta em biotecnologia, cosméticos, fármacos e alimentos sustentáveis.

“Queremos transformar Belém no ‘Vale do Silício da biodiversidade’. No lugar da extração, a bioindústria; no lugar da degradação, a restauração; e no lugar da dependência, a inovação”, declarou.

O governador com os apresentadores da CNN Brasil. Foto: Marco Santos/Ag. PA.

O Pará também se tornou o primeiro estado brasileiro a implantar concessões de restauração florestal, integrando recuperação ambiental à geração de emprego e renda. Cadeias produtivas como cacau e açaí já transformam áreas degradadas em polos sustentáveis de produção.

“A floresta viva precisa ser fonte de valor econômico. Estamos transformando conhecimento ancestral e tecnologia em ativos reais, com rastreabilidade, governança e escala”, concluiu Helder Barbalho.

 


(Da Redação do Fato Regional, com informações da Agência Pará).

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