sexta-feira, 22 de novembro de 2024

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Hemopa inclui busca por Coronavírus na triagem de doadores de sangue

A iniciativa atende à Norma Técnica do Ministério da Saúde, a fim de prevenir a contaminação do material oferecido à rede de saúde

A partir desta sexta-feira (06), a triagem clínica para doação de sangue realizada na Fundação Centro de Hemoterapia e Hematologia do Pará (Hemopa), em Belém, incluirá a avaliação do novo Coronavírus, ou Covid-19, que passou a constar da Nota Técnica n° 5/2020, do Ministério da Saúde/Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa). A NT já determina a busca pelos vírus da dengue, chikungunya e zika, e agora avaliará também as variações do Coronavírus, entre as quais a Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars) e a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (Mers).

Para tanto, o hemocentro paraense criou uma comissão para a tomada de medidas operacionais de enfrentamento ao Covid-19, com a execução de ações preventivas de educação em saúde com os servidores da hemorrede, composta por 11 unidades, além de voluntários da doação de sangue que comparecerem às unidades em todo o Estado.

Essas ações incluem capacitação técnica de servidores que atuam no ciclo do sangue, desde captação, coleta, processamento, armazenamento e distribuição para a rede hospitalar. As ações de educação em saúde contam com palestras, distribuição de material educativo em consonância com as orientações do Ministério da Saúde e da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa).

Também haverá envolvimento direto do Serviço de Atendimento de Saúde do Servidor (SASS), da Comissão de Biossegurança, Comissão de Enfrentamento ao Covid-19 e do Projeto “Sala de Espera”, que intensificará as intervenções nas áreas de atendimento aos pacientes e doadores, a fim de esclarecer sobre a doença.

Prazos – De acordo com a enfermeira Luciana Leal, gerente de Triagem Clínica de Doadores do Hemopa, “com relação ao Coronavírus também foram elaborados protocolos em relação ao candidato de doação de sangue, ao paciente e aos nossos servidores, que estão lidando com um público”.

Sobre os critérios da coleta de sangue, a enfermeira informa que serão mantidos os períodos de inaptidão para candidatos com diagnóstico clínico laboratorial para dengue – 30 dias a partir de sua recuperação. Candidatos que foram imunizados contra a doença só podem doar 30 dias depois da vacinação.

Candidatos com diagnóstico de zika ficam sem condições de doar sangue por 120 dias. Já para chikungunya, a inaptidão é de 30 dias, a partir da recuperação completa da doença.

A coleta de sangue na sede do Hemopa é feita até nos sábados – Foto: Ascom / Hemopa

“Com a inclusão do Covid-19, o processo de triagem estabelecido com a inaptidão temporária para candidatos com histórico de viagem para áreas autóctones, nacionais ou internacionais, é de 30 dias, conferido a partir do último dia de permanência na área visitada. Já em casos confirmados com exames clínico/laboratorial, o candidato fica impossibilitado de efetuar a coleta de sangue por 90 dias, a partir de sua plena recuperação”, acrescenta a enfermeira.

Outra situação apontada pela profissional é o caso de candidatos que tiveram contato, nos últimos 30 dias, com pessoas que apresentaram diagnóstico da doença pelo mesmo período. Eles terão a coleta suspensa por um mês. O mesmo período de inaptidão vale para aqueles que tiveram contato com casos suspeitos e em avaliação.

Luciana Leal destaca, ainda, que para candidatos à doação que apresentarem sintomas de resfriado comum ou de infecções das vias aéreas superiores, sem histórico de viagem para zona endêmica ou contato com pessoas provenientes dessas áreas, a inaptidão prevista é de sete dias, a partir de sua recuperação completa.

Redução de risco – A equipe de triagem da Fundação Hemopa também estará atenta para orientar doadores sobre a importância do repasse de Informações Pós-Doação (IPD) ao hemocentro sobre o surgimento de eventuais sintomas infecciosos, como febre e sintomas respiratórios e/ou gastrointestinais, até 14 dias após a doação de sangue, visando reduzir risco de transmissão transfusional dos vírus e aumentando a segurança no processo de transfusão.

Segundo Luciana Leal, o momento exige um reforço maior ao protocolo estabelecido pelo Ministério da Saúde. “Serve de alerta para a necessidade de mais ações educativas e mais comprometimento com nosso público, principalmente o doador, ao repassar as informações sobre os cuidados que deve tomar para evitar a contaminação do vírus”, explica a gerente, ressaltando que orientar os usuários dos serviços, sobre qualquer aspecto de saúde pública faz parte da rotina do trabalho realizado no Hemopa, “até porque fazemos parte de um Hemocentro de referência nacional e internacional. A gente tem que estar preparado para todas as situações”, enfatiza.

Para doar sangue é preciso ter entre 16 e 69 anos (menores devem estar acompanhados do responsável legal), ter mais de 50 quilos, estar bem de saúde e portar documento de identificação oficial, original e com foto.


Serviço: Na Região Metropolitana de Belém as doações de sangue podem ser feitas na sede da Fundação Hemopa (Travessa Padre Eutíquio, 2109, bairro Batista Campos); na Estação de Coleta Castanheira (térreo do Shopping Castanheira), de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 18 h, e aos sábados, das 7h30 às 17 h, e na Estação de Coleta Pátio Belém (Travessa Padre Eutíquio), que funciona de segunda a sexta-feira, das 09 às 16 h. Mais informações: 08002808118 ou (91) 3110-6500.

 

 

Fonte: Agência Pará