Um caminhoneiro envolvido com extração ilegal de madeira foi preso em uma operação federal dentro da Terra Indígena (TI) do Alto Rio Guamá na terça-feira (24). Ele foi flagrado com madeira irregular, motosserra e três jacarés.
A ação envolveu agentes da Polícia Federal (PF) e Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama), como parte da operação Amazônia Viva, na TI dos povos Awa Guajá, Ka’apor e Tembé, com área de 280 mil hectares e que abrange os municípios de Nova Esperança do Piriá, Paragominas e Santa Luzia do Pará.
O lado oeste da área indígena, próximo ao município Nova Esperança do Piriá, sofre com a exploração ilegal crônica, segundo a PF. A situação vem sendo denunciada por associação de indígenas, que acusam serrarias da região.
Além da prisão por crime ambiental, também foram apreendidos materiais usados para derrubada de árvores na área de proteção indígena da União e maquinários foram inutilizados. As investigações continuam para identificar outros envolvidos nos crimes.
Segundo a PF, o veículo foi inutilizado pelo Ibama, conforme previsto pela lei, “uma vez que era inviável retirá-lo da área”.
A motosserra foi apreendida; os animais, soltos na natureza; e o motorista levado para ser autuado por crime ambiental na Superintendência da Policia Federal em Belém. Ele foi liberado após pagar fiança.
A PF informou que foram mobilizados 20 policiais federais e quatro servidores do Ibama, numa ação para combater exploração irregular de madeira.
A PF disse, ainda, que possui inquéritos para investigar a situação e já havia feito operações para combater o crime.
A operação visa apoiar o trabalho do Ibama na proteção do meio ambiente indígena, instruir inquéritos em andamento e, se for o caso, abrir novos inquéritos para apurar sobre a extração ilegal de madeira.