quinta-feira, 21 de novembro de 2024

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Hospitais do Pará já têm 43 pacientes internados com Covid-19 e outras doenças respiratórias

Diante do crescimento da doença causada pelo novo Coronavírus, governador Helder Barbalho apela para que a população respeite o isolamento social.
Foto: AgPa. O governador Helder Barbalho e o secretário Alberto Beltrame enfatizaram a preocupação com o avanço da Covid-19 e o desrespeito ao isolamento social

Enquanto o governo reforça diariamente a necessidade de obedecer às regras de isolamento e distanciamento social para frear o ciclo do novo Coronavírus no Pará, o quadro da doença ganha contornos mais graves. Na atualização do boletim epidemiológico feita na terça-feira (7), ao vivo, o governador Helder Barbalho e o secretário de Estado de Saúde Pública, Alberto Beltrame, repassaram informações que preocupam as autoridades.

Hospitais do Pará já mantêm 43 pacientes internados com quadro de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS). Todos estes pacientes passaram por testes, e 13 deles deram positivo para o novo Coronovírus. O restante ainda aguarda os resultados. “São pacientes que requerem muita atenção porque estão com problemas respiratórios, que necessitam de atendimento médico, assistência médica e acompanhamento, seja em média complexidade ou em tratamento intensivo (UTI)”, frisou o governador.

Helder Barbalho lembrou que o Estado já dispõe da combinação de remédios (90 mil comprimidos de Hidroxicloroquina e 75 mil de Azitromicina) para tratamento, mediante prescrição médica e em leito hospitalar, de pacientes graves de Covid-19. “Já iniciamos a distribuição em hospitais públicos e particulares, para que estejamos munidos das condições de salvar vidas. É importante registrar que este medicamento não pode ser consumido em casa, a partir de autoprescrição”, reiterou o chefe do Executivo estadual.

Outra informação preocupante é que o isolamento no Pará atinge apenas 40% da população. O dado foi divulgado pela tecnologia de Inteligência Artificial e monitoramento da Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup). Um cenário que levou o governador a fazer um apelo direto. “É fundamental que possamos ter a contribuição da sua colaboração neste sentido. Temos outras regiões do Brasil com mais números de casos, e mesmo assim com 60% em isolamento. Não vamos esperar chegar a uma situação dramática para que as pessoas passem a ter consciência”, frisou Helder Barbalho, que também alertou para o aumento, em ritmo acelerado, do contágio viral no Pará.

De acordo com o secretário Alberto Beltrame, houve um aumento de 25% no número de casos de ontem para hoje (de 06 a 7 de abril), com a comprovação de mais 31 positivados. Durante o comunicado oficial desta terça-feira, o quadro registrava 154 casos confirmados, 98 em análise, cinco mortes e 1.135 casos descartados. “Nós chegamos a uma média de 1.8 casos por 100 mil habitantes. No Brasil, essa média é de seis casos por 100 mil. Essa grande subida corresponde à normalidade nas ruas. Infelizmente, esse número de pessoas internadas vai crescer. Precisamos achatar a curva desses números. Por isso, vale o sacrifício das pessoas ficarem em casa”, reforçou Alberto Beltrame.

Orientações à população – Em caso de mortes, a Secretaria de Saúde Pública (Sespa) está recomendando um protocolo para evitar contágio antes, durante e após o velório, para ser seguido por unidades de saúde, familiares e funerárias. “É um protocolo para preparo de corpos, velório e enterro. Esse é um tema extremamente delicado, complexo, mas necessário. Pessoas que morreram por Covid, confirmadas ou suspeitas, que aguardam comprovação laboratorial, deverão enrolar num lençol e em plástico, por duas vezes, e ainda será desinfetado todo o corpo antes da colocação em urna funerária, que deve ser devidamente vedada e lacrada. O caixão não pode ser aberto. O velório será breve e não deve ter mais de 10 pessoas ao mesmo tempo no local. No caso de ser enterrado ou cremado, será feito normalmente”, explicou o secretário.


Outra orientação dada à população é quanto aos testes rápidos que serão usados somente em profissionais de saúde. “O objetivo do teste é pra testagem de profissionais de saúde, pra verificar o momento que eles podem eventualmente voltar ao trabalho. A gente quer contar com um maior número de pessoas na linha de frente dos atendimentos. Então, por exemplo, uma enfermeira que tem os sintomas pode ser isolada, e ela passará pelo teste, mas ele será aplicado lá pelo oitavo dia porque esse teste tem limitações. Quando dá positivo, é positivo. Mas ele tem 15% de chance de dar falso negativo. E aí vamos ter que fazer outro exame no Lacen (Laboratório Central), que é o PCR, pra confirmar”, informou o governador.

Fonte: Agência Pará