O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) intensificou as ações de fiscalização na Terra Indígena Kayapó, no sul do Pará. A ação faz parte da operação conjunta de desintrusão coordenada pela Casa Civil do Governo Federal.
Ao completar 75 dias da ação, nesta terça-feira (15), o Ibama mostrou imagens da operação que iniciou em 2 de maio deste ano. Ela visa retirar invasores dos territórios tradicionalmente ocupados por povos indígenas.
A área total da TI é de 3.284 mil hectares, com população indígena estimada de 6,3 mil habitantes. A TI fica localizada entre os municípios de Bannach, Cumaru do Norte, Ourilândia do Norte e São Félix do Xingu, no sul do Pará.
Ainda segundo o Ibama, com apoio do Centro de Operações Aéreas (Coaer) do Instituto, os agentes ambientais alcançaram os últimos pontos de garimpo ainda ativos dentro do território, realizando a inutilização de maquinário e estruturas de apoio utilizadas na mineração ilegal.
Foram inutilizados 117 acampamentos clandestinos; 358 motores de garimpo; 25 escavadeiras hidráulicas; 8 dragas e 21.330 litros de óleo diesel.
Ao todo, já foram realizadas 619 ações de campo no território indígena – o que demonstra o esforço articulado do Estado Brasileiro pela manutenção de um meio ambiente ecologicamente equilibrado, combatendo ao garimpo ilegal e assegurando os direitos dos povos originários.

A operação é coordenada pela Casa Civil da Presidência da República e conta com a participação de diversos órgãos federais, como o Ministério dos Povos Indígenas, Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Polícia Federal, Força Nacional, Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam) e Exército Brasileiro, entre outros.
O Ibama alerta que os impactos ambientais provocados por essas atividades são severos e, em muitos casos, irreversíveis, comprometendo a qualidade da água, do solo e dos ecossistemas locais, além de ameaçar diretamente a saúde e a segurança das comunidades indígenas da região.

(Da Redação do Fato Regional, com informações do Ibama)
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